Royalties impulsionam aumento na arrecadação do município

O aumento na cotação do barril de petróleo impulsionou a arrecadação de royalties do município, principalmente no último quadrimestre de 2017. A receita com todas as fontes que entraram nos cofres da prefeitura totalizou R$ 651,3 milhões. Os números – 5,88% a mais do que o previsto para o período- foram divulgados na Câmara dos Vereadores, em audiência pública realizada por convocação do Executivo na tarde desta terça-feira (27).
A prefeitura estimava receitas de R$ 93,3 milhões em royalties, mas arrecadou R$ 148 milhões, ou seja, um aumento de 58,63% entre outubro e dezembro. Em contrapartida, as receitas com recursos próprios caíram 6,65%. Com os números em mãos, o presidente da Casa, Eduardo Cardoso (PPS), e os vereadores Maxwell Vaz (SD) e George Jardim (PMDB) apresentaram questionamentos ao secretário da Fazenda, Ramirez Cândido, e ao Controlador do Município, Luiz Carlos Santos. Também participaram da audiência os vereadores Marvel Maillet (Rede) e Alan Mansur (PRB).
Para Maxwell, as secretarias deveriam estar presentes. “Quem gasta os recursos não está aqui. Como discutiremos sem os representantes diretos das pastas? Reconheço o esforço da Fazenda na arrecadação, mas os debates precisam acontecer. É importante frisar que, em apenas dois meses, o prefeito já remanejou R$ 150 milhões e não deu qualquer explicação”, disse.
Já Eduardo Cardoso lamentou o baixo número de pessoas na audiência. “Espero que a sociedade entenda o quão importante é um ato como este. Precisamos conhecer as finanças da cidade e confesso que estou muito preocupado com a folha de pagamento dos servidores. Me pergunto o que pode ser feito, principalmente porque não há reajuste há alguns anos e não vemos margens para que essa correção aconteça.”
Os representantes do Executivo também demonstraram preocupação com o pagamento dos servidores. De acordo com Luiz Carlos, a folha teve uma redução de R$ 100 milhões de 2015 para 2017, mas o valor está em 56,67% do orçamento quando o estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é 54%. “Somente na reforma administrativa de 2016, 700 cargos comissionados foram extintos, mas as receitas de recursos próprios caíram”, acrescentou.
Os números
Em 2017, Macaé voltou a atingir R$ 2,006 bilhões em arrecadação. O principal motivo é que as perspectivas com a recuperação da indústria do petróleo também seguem em alta e podem ser comprovadas com os royalties, que totalizaram R$ 422 milhões quando o estimado eram R$ 244 milhões para os 12 meses do ano.
Em contrapartida, George Jardim afirma que os números não refletem investimentos, principalmente na Região Serrana. “Só vemos abandono, estradas esburacadas e insegurança. Todos os distritos estão esquecidos pelo poder público”, criticou o vereador.
Educação e saúde
As redes públicas de ensino e saúde seguem no topo dos investimentos feitos pela prefeitura. Em 2017, 40 mil alunos foram matriculados em escolas municipais e o orçamento da educação (pagamento de pessoal, alimentação e transporte) se aproximou dos R$ 450 milhões. Já a Saúde chegou aos R$ 496 milhões, que incluem as despesas com o Fundo Municipal de Saúde e os atendimentos (baixa, média e alta complexidade), além dos salários e dos encargos de servidores.

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Competências/Atribuições ( Art. 9 do Regimento Interno)

I – propor Projetos de Resolução que:

a) criem, modifiquem ou extingam cargos, empregos ou funções de seus serviços e fixam os respectivos vencimentos;

b) fixem ou atualizem a remuneração do Prefeito e dos Vereadores, e a verba de representação do Vice-Prefeito e do Presidente da Câmara, obedecido o inciso do Artigo 63, item XVII, da Lei Orgânica do Município;

c) disponham sobre a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos do Orçamento da Câmara, de uma categoria de programação para outra.

II – elaborar a proposta orçamentária da Câmara a ser incluída no orçamento do Município e apresentar ao Plenário com cópia aos Vereadores;
III – solicitar abertura de créditos suplementares ou especiais, quando os recursos forem insuficientes ou não tenham sido previstos no Orçamento da Câmara;
IV – promulgar as resoluções e os decretos legislativos;
V – pode apresentar indicações, emendas, projetos e etc. para discussão e votação pelo plenário da câmara;
VI – autografar os Projetos de Lei aprovados, para serem encaminhados ao Prefeito Municipal;
VII – determinar, no início da Sessão Legislativa anual, o arquivamento das proposições não apreciadas na anterior;
VIII – prestar contas à população do Município dos trabalhos realizados no ano anterior, pela Câmara, através da divulgação resumida dos mesmos, no mês de janeiro de cada ano;
IX – requisitar força policial, quando necessária a preservação da ordem e regular funcionamento dos trabalhos da Câmara.

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Neste período, de acordo com o art. 61 do Regimento Interno (conforme redação dada pelo art. 4 da Resolução n. 2013/2022) ocorre o recesso legislativo e por essa razão não é disponibilizado a frequência dos vereadores.

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