O presidente Cesinha (Pros) propôs ao Executivo a realização de parcerias com clínicas particulares da cidade, a fim de suprir a falta de fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais na rede pública de saúde. O requerimento foi aprovado na sessão desta quarta-feira (30), na Câmara Municipal de Macaé.
De acordo com o autor da proposta, é preciso avançar nessa questão, pois direitos estão sendo negados à população mais pobre. “E os que mais sofrem são as pessoas com deficiência. Não podemos permitir que elas continuem a ser tratadas assim”, declarou Cesinha.
O vereador Reginaldo do Hospital (Podemos) avaliou que o atual prefeito Welberth Rezende (Cidadania) tem um grande desafio pela frente, uma vez que herdou das administrações anteriores “equipamentos quebrados” para promover o desenvolvimento social de Macaé. Tico Jardim reforçou que na Região Serrana a situação é ainda mais precária, onde algumas especialidades sequer são oferecidas.
Iza Vicente (Rede) indagou como a prefeitura pode ter 16 mil servidores e ainda faltar profissionais para o atendimento ao público. Ela sugeriu que o Executivo faça uma revisão dos seus profissionais para saber onde eles estão e quais são as funções mais sobrecarregadas pelo excesso de demanda. “Sabemos que faltam servidores e não é apenas na saúde mental. Porém, esta precisa de atenção especial pois o número de casos de depressão aumenta a cada ano”.
Luciano Diniz (Cidadania) lembrou que, além da depressão, a ansiedade, a síndrome do pânico, os pensamentos suicidas e outras doenças mentais têm se tornado cada dia mais comuns, inclusive entre os mais novos. “Esses dois anos de pandemia afetaram muito a saúde mental das pessoas, em especial das crianças e adolescentes”.
Segundo Diniz, há 22 unidades de saúde em condições precárias no município – algumas foram fechadas pela Defesa Civil devido ao comprometimento estrutural do prédio onde funcionavam. Paulo Paes (União Brasil) apontou um concurso público como possível solução, já que um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assinado com o Ministério Público (MP), proíbe a contratação direta desses novos profissionais pela prefeitura.