Duas integrantes do grupo Motivados pelo Autismo de Macaé (Mopam) ocuparam o primeiro momento da Tribuna Cidadã, que antecedeu a sessão desta quarta-feira (28) no Legislativo macaense. A entidade reúne mães, parentes e profissionais dedicados aos autistas e tem grupo de WhatsApp com 110 mães, página e grupo no Facebook com 600 participantes.
Caroline Araújo Figueiredo informou que um dos objetivos do Mopam é informar sobre os recursos e dificuldades para o atendimento dos pacientes. “Temos filhos de todas as idades, uns trocando as fraldas até outros entrando na universidade. Qualquer pessoa hoje tem um autista na família ou conhecido. As estatísticas comprovam o crescimento dos casos”.
Lúcia Helena Rodrigues acrescentou: “Sonhamos fazer de Macaé uma cidade inclusiva”. Nilton César Moreira (Pros), o Cesinha, lembrou um projeto de lei que protocolou em prol da causa. Marcel Silvano (PT) lamentou o que considera falta de equipamentos e políticas públicas para a saúde mental no município.
Marvel Maillet (Rede) falou de seu trabalho como professor de jiu-jitsu e de como o esporte auxilia portadores do distúrbio. Maxwell Vaz (SD) pediu aos vereadores que derrubem veto do prefeito a uma emenda impositiva que apresentou sobre o tema.
Buracos, falta de placas e problemas de esgoto
Em seguida, Leila Vieira de Pinho, moradora do Vale das Palmeiras, reclamou de buracos nas ruas, falta de placas indicativas das vias, necessidade de quebra-molas e problemas de esgoto. Disse que os buracos podem causar acidentes, que os moradores não recebem correspondências pela inexistência das placas e que a BRK Ambiental (antiga Odebrecht) cobra pelo serviço, mas o esgoto não é escoado.
“Estou aqui representando 300 famílias. Apesar de todas as nossas reivindicações, vemos outros bairros serem atendidos e o nosso parece abandonado. Quanto ao esgoto, não temos orientação nem da BRK nem da prefeitura sobre o que devemos fazer para ter o serviço”, protestou. Marvel, Cesinha, Marcel – que mora no local – e Maxwell falaram de iniciativas realizadas e propostas para o bairro.
Quadra coberta na Cidade Universitária
A terceira causa apresentada foi pela construção de uma quadra coberta com vestiários na Cidade Universitária. Natália Silva Assumpção, aluna de Direito e presidente da atlética da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), disse que o esporte é fundamental para integrar e acolher os muitos estudantes que vêm de outras cidades. “Precisamos tirar do nosso bolso para pagar aluguel de quadras particulares”.
Segundo ela, a quadra é um direito dos estudantes pois já estava prevista no projeto do campus. Existem duas emendas ao orçamento para a obra, uma impositiva de Marcel e outra aditiva de Márcio Bittencourt (PMDB). “A que apresentei já foi aprovada. Vamos trabalhar para que seja executada”, disse Márcio. “Vamos torcer para que as duas sejam realizadas”, acrescentou Marcel.
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