Cannabis: Associação volta à Câmara para defender uso medicinal

Denise e o marido obtiveram na Justiça permissão para cultivo

Familiares, médicos e representantes de portadores da síndrome do espectro autista, epilepsia refratária e doenças degenerativas entre outras, retornaram à Câmara de Macaé na tarde e início da noite desta quinta-feira (16). A audiência pública foi presidida por Edson Chiquini (PSD). “Desde 2015, a Anvisa autoriza o uso medicinal da cannabis para doenças como autismo e Parkinson”.
A presidente da Associação de Apoio e Acesso à Cannabis Medicinal em Macaé, a Acolher Macaé, Denise Fogel voltou a relatar o caso da filha Gabriela, nascida em 2016, afetada pela Zica na gravidez.
Com tetraplegia – perda de controle de movimentos do tronco, braços e pernas – a menina obteve melhoras significativas com a cannabis. “Eu e meu marido fizemos um curso para o cultivo e obtivemos na Justiça um habeas corpus para plantar”. Ela mencionou registros do uso na China em 2.700 A.C., na Grécia, em 70 D.C., e ainda, na Europa, no século 19.
Membro da Acolher, Roberto Gonzalez, filho de dona Nely, paciente de Alzheimer, realiza um plantão, revezando com sete irmãos, para cuidar da mãe. “Ela já não tinha controle sobre as necessidades fisiológicas, hoje pede para ir ao banheiro”, disse ao falar dos benefícios da substância. Um vídeo com imagens emocionantes da idosa mandando recado para os filhos distantes completou o impacto de convencimento.
Sem dependência química
Após outros fortes relatos de parentes, a médica Lívia Lobo afirmou: “No preparo, são retiradas as substâncias alucinógenas e causadoras de dependência”. O advogado Hélio Lima Ribeiro Júnior relatou o caso de uma família que obteve recursos de R$ 56 mil da prefeitura para adquirir a medicação. “A Justiça dará ganho a todos que recorrerem”.
As falas foram todas no sentido de que a Casa acolha e proponha legislações que desburocratizem e descriminalizem a aplicação medicinal.  Analice Coelho, membro de uma associação que realiza pesquisas com a cannabis, perguntou quando ela poderá ser prescrita na rede pública municipal. Segundo Lívia, uma comissão que estuda essa possibilidade já fez sondagens para importação.
“Para vencer os obstáculos ao fornecimento pelo SUS, temos que atuar nos planos médico, jurídico e político”, defendeu, frisando que a administração gasta muito mais e tem resultado muito piores com os tratamentos convencionais.
Também participaram da audiência os vereadores Rond Macaé (Patriota) e Paulista (Podemos). Para obter outras informações sobre o tema, acesse www.acolhermacae.org.br.

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