Um requerimento do vereador Cesinha (Cidadania) solicitou ações de apoio, difusão e valorização da capoeira no município. A proposta foi aprovada na sessão desta terça-feira (17), na Câmara de Macaé, e contou com a defesa de outros parlamentares. Marvel Maillet (PV), autor do Projeto de Lei 83/2017 – que tornou a capoeira bem cultural e imaterial para fins de tombamento -, reforçou o pedido de uma audiência pública para tratar do tema, que deve ser formalizada em breve.
Para Cesinha, a capoeira carece de maior valorização e visibilidade. Ele propôs a contratação de instrutores para as escolas municipais e cobrou a sua inclusão na grade curricular. “É uma arte brasileira que vai além da cultura, pois também é esporte, saúde e inclusão social”. Ele questionou sobremedidas estão sendo tomadas pelas pastas de Cultura, Esporte e Desenvolvimento Social para cumprir esses propósitos, uma vez que já existe lei que regulamenta tais práticas.
Marvel apoiou a iniciativa e aindamencionou a aprovação de uma lei em 2019, também de sua autoria, que institui a capoeira nas escolas. “Fiz a proposta na época porque capoeira ensina não apenas um esporte, mas também música, resistência, força, equilíbrio, além de resgatar história e cultura”, disse.
Leandra Lopes (PT) reconheceu a atuação de Marvel pela causa e perguntou sobre a celebração do dia municipal da atividade. “Queremos ver a capoeira não apenas nas escolas e no contraturno, mas também nas praças, espaços públicos e comunidades”. Ela defendeu ainda a regulamentação de associações de profissionais e praticantes.
Amaro Luiz (Republicanos) lembrou que a prática da capoeira acontece desde meados do século XVI. “É uma das modalidades esportivas mais antigas do nosso país e precisa ser reconhecida e preservada”. O presidente do Legislativo, Alan Mansur (Cidadania), destacou que muitos mestres (instrutores) são responsáveis por projetos sociais e dão aula voluntariamente em diversas comunidades.