O secretário municipal de Políticas Energéticas, Thiago Rocha, apresentou o projeto para implantação de energia solar nos prédios da prefeitura, nesta terça-feira (7), na Câmara de Macaé, a convite de Professor Michel (Cidadania). Segundo Rocha, o gasto com energia convencional é de R$ 20 milhões anuais, e o desperdício chega a pelo menos R$ 6 milhões.
“Precisamos aliar a energia mais barata e limpa à eficiência energética. Não adianta instalarmos o equipamento e termos, por exemplo, lâmpadas antigas, a de vapor de sódio, que consomem mais”, afirmou. Para mostrar as vantagens, ele explicou que os custos com o novo modelo caíram 30%, de 2023 para 2024, enquanto as tarifas de luz subiram 7,3%, acima da inflação (4,5%).
Seguindo essa argumentação, Thiago lembrou que a geração a partir do sol contribui menos com o aquecimento global: “Esse fenômeno está alterando o regime de chuvas e provocando tragédias como a do Rio Grande do Sul”. Falou ainda que a legislação prevê uma situação muito favorável a prefeituras que aderirem ao sistema menos poluente.
“O município não gasta nada com o projeto nem com a implantação, que serão assumidos pela empresa ganhadora da licitação. Estabelecemos que a economia mínima deve ser de 30%. Se não for atingida, a firma não é remunerada”, esclareceu, acrescentando que essa é a forma jurídica como a energia solar vem sendo adotada nos EUA e na Europa.
Michel perguntou o que falta para o projeto sair do papel. Rocha respondeu que, cumpridos procedimentos burocráticos, as obras devem ser licitadas em junho e iniciadas em agosto. O presidente Cesinha (Cidadania) recordou que o Legislativo macaense é um dos pioneiros em energia limpa no estado. “A economia é enorme. Rapidamente recompensa o investimento feito”.