<font face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-size: 14px;">Bancada do governo derruba três emendas da oposição e projeto original é aprovado por unanimidade</span></font>
O Projeto de Lei Complementar (PLC) 15/2015, que reduz em 25% os tributos municipais (IPTU e ISS) pagos pelas empresas do setor de petróleo e gás, foi aprovado nesta quarta-feira (18), na Câmara Municipal de Macaé. Contudo, as três emendas ao PLC, propostas pelos parlamentares Igor Sardinha e Amaro Luiz (ambos do PRB) na tentativa de estender o benefício também aos empresários do comércio e da hotelaria, foram rejeitadas em plenário.
A iniciativa de reduzir os impostos municipais por 36 meses é do Executivo, no entanto, só será valida para empresas do segmento que tenham pelo menos 60% dos seus empregados residentes em Macaé. “O objetivo é manter essas empresas na cidade para que continuem gerando emprego até que o mercado se recupere da crise”, esclareceu o presidente do Legislativo, Eduardo Cardoso (PPS).
Igor Sardinha pediu que fosse cumprido o prazo regimental para que ele e o vereador Amaro tivessem tempo de finalizar as conversas com os outros segmentos empresariais que reivindicam a mesma redução de encargos. Porém, o plenário aprovou o projeto após única discussão, atendendo ao pedido de votação em regime de urgência do prefeito Aluízio Santos Júnior (PMDB).
O PLC 15/2015 foi aprovado pelos 15 vereadores presentes no momento da votação, sem nenhum voto contrário. Já as emendas foram rejeitadas 
O líder do governo, Júlio César de Barros (PPL), justificou que a posição da bancada em rejeitar as emendas foi tomada para não atrasar ainda mais a sansão do projeto, que deve ser feita pelo prefeito nos próximos 15 dias.
Oposição pede redução de tributos para outros segmentos

Maxwell Vaz (SD) lembrou que a crise do petróleo chegou antes ao ramo hoteleiro, que, desde então, vem pedindo auxílio para se fortalecer. Já Amaro Luiz destacou que não considera justo que o incentivo fiscal fique restrito às grandes empresas do setor de óleo e gás e defendeu a extensão do benefício aos comerciantes locais. “Várias lojas já fecharam e outras enfrentam dificuldades para manter os negócios. Muitos desses empresários são macaenses, com vínculos e raízes na cidade, o que não acontece com a maior parte das empresas offshore”, argumentou.
Marcel Silvano (PT) criticou o fato do incentivo fiscal não ter sido dado também para os pequenos e médios empresários de Macaé. “Apesar disso, votarei favorável à proposta porque entendo que é preciso fazer algo para fomentar o desenvolvimento da cidade.”
Por fim, Paulo Antunes (PMDB) explicou que cerca de 50 empresas que prestam serviço para a Petrobras serão beneficiadas, o que implicará na redução de R$ 20 milhões na arrecadação do município. “Não dá para estender o incentivo fiscal para todos os segmentos, pois isso quebraria a cidade.”
O presidente Eduardo reforçou que é possível avançar nessa discussão em outro momento, porém, a preocupação agora é com quem gera mais empregos. “E é inegável que, hoje, é a indústria offshore que movimenta a economia da cidade.”
Jornalista: Adriana Corrêa