A presidente da ONG Cepis Juan Gabriel, Marina Frouche, esteve nesta quarta-feira (18), na Câmara Municipal de Macaé, para falar do trabalho realizado pela instituição. A apresentação foi feita durante o Grande Expediente da sessão e contou com a participação da equipe técnica e assistidos pelo Centro de Estimulação Precoce e Integração Sensorial (Cepis). Marina pediu apoio para a manutenção e ampliação dos atendimentos gratuitos às crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outros distúrbios.
Frouche solicitou que os vereadores destinem recursos para a ONG por meio das emendas impositivas ao orçamento municipal. O instrumento é usado pelos parlamentares para destinar recursos para determinadas obras, projetos ou instituições na Lei Orçamentária Anual (LOA). “Vocês podem nos ajudar a continuar esse trabalho divulgando ONG e destinando verba para as despesas fixas e as novas aquisições necessárias”.
Segundo Marina, a instituição precisa de um elevador externo para atender os cadeirantes e crianças com dificuldade de mobilidade. Ela também mencionou que faltam instrumentos para a sala de musicoterapia, uniformes para os assistidos e aparelhos de ar condicionado para toda a sede. “O verão está chegando e gostaríamos de oferecer uma condição melhor para quem utiliza nosso espaço”.
De acordo com Frouche, o Cepis é a primeira ONGde autismo da cidade e está regularizada e apta a receber subsídios governamentais. O presidente Cesinha (Solidariedade) informou que um projeto de lei do Executivo está sendo elaborado para tornar isso possível. Ele ainda fez um apelo aos demais vereadores para que destinem 10% das suas emendas impositivas para o atendimento às famílias de Pessoas com Deficiência (PcD).
Participação dos vereadores
Além de Cesinha, que lembrou as recentes conquistas para PcD na cidade, Reginaldo do Hospital (Podemos) parabenizou o trabalho realizado por todo o grupo de profissionais voluntários. George Jardim (PSDB) se comprometeu a destinar 50% da verba das suas emendas parlamentares à causa. E José Prestes (PTB) também prometeu ajudar.
Edson Chiquini (PSD) perguntou sobre o melhor tipo de escola (especializada em PcD ou regular) para atender o público infantil com TEA. “Acredito que com a preparação e o suporte adequado, crianças em diferentes níveis do espectro podem frequentar a escola regular”, respondeu Marina.
Atendimento à população
Fundado em 2019, o Cepis atua oferecendo avaliações terapêuticas gratuitas para o diagnóstico precoce de crianças com suspeita de TEA e tratamento para os casos confirmados até os 7 anos. “Somos os únicos a fazer isso na cidade com crianças com menos de 4 anos, já que o SUS só oferece atendimento a partir dessa idade. E a fila para conseguir tratamento é enorme”, esclareceu Marina.
A assistente social do Cepis, Thais Nara, enfatizou que a instituição funciona integralmente com voluntários e doações. As famílias que precisam de orientação e/ou tratamento podem fazer contato pelo WhatsApp (22) 99785-9229. “Damos apoio fornecendo também informações e orientação jurídica aos que se encontram em situação de vulnerabilidade social, a fim de solicitar auxílio”.
Quem quiser ser voluntário, conhecer a ONG ou fazer uma doação também pode entrar em contato pelo e-mail atendimentocepissocial@gmail.com e acompanhar o Instagram @ongdeautismo.br.