O aumento do número de casos de dengue levou o secretário de Saúde, Alexandre Cruz, e a sua equipe técnica, a apresentarem ações de combate à doença na sessão desta terça-feira (5), na Câmara Municipal de Macaé. A cessão do Grande Expediente foi feita a pedido do vereador Luciano Diniz (Cidadania). Ele destacou que a cidade é uma das poucas a fazer a testagem, incluindo também chikungunya e zika, enquanto outras cidades da região sofrem com a falta de testes e dependem do envio de amostras para o Estado.
No mês passado, o governo do Rio de Janeiro decretou epidemia no território fluminense, levando os seus municípios a tomarem providências conjuntas. Nos dois primeiros meses de 2024, já foram registrados mais de 80 mil casos da doença e 14 óbitos no estado, conforme pontuou Alexandre Cruz. “Estamos em alerta e intensificando a capacitação dos nossos funcionários para que eles possam cuidar melhor da população”.
Terrenos baldios
O vereador José Prestes (PTB) cobrou do executivo municipal uma postura mais enérgica com relação aos proprietários de terrenos baldios, enquanto Rafael Amorim (PDT) sugeriu criar uma legislação para permitir a entrada nas residências fechadas. O parlamentar também pediu a inclusão de um veterinário na equipe de Estratégia Saúde da Família (ESF) em cumprimento à norma técnica do Ministério da Saúde (MS). “É uma questão de saúde pública, dentro do conceito de saúde única, para prevenirmos uma série de doenças”, defendeu Amorim.
Mutirão de recolhimento de resíduos
O responsável pela Coordenadoria Especial de Vigilância Ambiental em Saúde de Macaé (Cevas/CCZ), Luan Campos, informou que vão começar um mutirão de recolhimento de resíduos nos bairros com maior incidência de casos de dengue, que atualmente são: Parque Aeroporto, Centro e Lagomar. “Estamos trabalhando também para adquirirmos motos fumacês”.
Carro fumacê
Paulo Paes (União Brasil) criticou Macaé ter apenas um veículo dispersor para atender toda a cidade. “Percebemos a diminuição dos mosquitos quando o fumacê passa, mas além de motos precisamos incluir novos carros, drones e outros recursos”. George Jardim reforçou o pedido. Ele ainda perguntou sobre as ações de combate a proliferação do Aedes aegypti em locais como Parque da Cidade. “Fazemos um trabalho de acompanhamento e colocação de biolarvicidas a cada 15 ou 20 dias no Parque da Cidade e Centro de Convenções”, relatou o coordenador do Cevas/CCZ.
Parceria com imobiliárias e associação de moradores
A secretária municipal adjunta de alta e média complexidade na Saúde, Mayara Tebaldi, anunciou a realização de uma ação conjunta com as imobiliárias e associações de moradores para diminuir os focos do mosquito, já que “em Macaé, 92% estão nas residências”. Ela também chamou a atenção para o número de crianças internadas em decorrência da doença. “Já são sete”. Ela frisou a importância de evitarmos o uso de anti-inflamatório no caso de suspeita de dengue.