Moradores da Fronteira cobram investimentos do governo para o bairro
Moradores da Fronteira reclamaram da falta de urbanização no bairro em relação a outros como Parque Aeroporto, Imbetiba e Cajueiros durante a sessão da Câmara Itinerante realizada na Praça João Batista Adolpho, neste sábado (19). “Temos aqui perto uma UPA e o estádio, somos passagem para quem vem de Campos e do Espírito Santo, e nossas ruas estão em péssimas condições”, protestou Alex Gregório.
A Câmara Itinerante contou com a presença de cerca de 80 moradores. Vereadores consideraram que, mesmo se o governo tem a obrigação de dar infraestrutura a todas os bairros, com freqüência o trabalho realizado tem relação com a mobilização e a luta da população. “Muitas vezes isso é um reflexo da escolha que as pessoas fazem de seus representantes”, afirmou Júlio César de Barros (PPL), o Julinho do Aeroporto. Segundo ele, está nos planos do governo realizar obras de asfaltamento na Rua Manoel Marques Monteiro, onde fica a praça.
A invasão existente na Fronteira foi outro tema abordado. “Não moro aqui, mas na infância já morei e, por isso, sei. As pessoas querem saber se quem está lá poderá ficar e se podem construir no local”, disse Raul César Silva Santos. “É uma situação difícil de avaliar, pois, parece, inclusive, que aquela área é da Marinha”, disse Eduardo Cardoso (PPS), presidente da Casa.
“Trata-se de omissão de órgão público, a permissão das construções. Mas agora consolidou-se um direito constitucional. Se as pessoas estão lá há um tempo, que lhes garanta esse direito; elas só poderão ser retiradas se forem realocadas em outro lugar”, afirmou Amaro Luiz (PRB).
Edifício do Sase “é uma vergonha” para o bairro
O prédio abandonado do antigo Sase, também foi incluído entre as reclamações dos moradores. “É um local onde ocorre prostituição, e um foco de ratos e doenças. Uma vergonha para o nosso bairro. Queremos que seja dada uma utilidade para aquele prédio”, disse o morador Nadir Silvano.
O subsecretário de Educação, José Vicente Rodrigues, informou que no local não se pode construir uma creche, pois é ligado à Secretaria de Saúde: “Para aquele lugar está prevista a construção do Hospital da Mulher”. Cardoso, que foi secretário de Saúde em governo anterior, informou que o edifício não tem estrutura para receber um hospital.
“O governo não pode ficar esperando para decidir o que vai fazer lá, e ir deixando o prédio nessa situação. Tem que derrubar e evitar que o local fique servindo para atividades ilícitas como o tráfico de drogas”, propôs Amaro.
Nadir Silvano também criticou a situação da areia do campo de futebol da Praça João Batista Adolpho. “É um local propício para desenvolver bactérias e causar problemas de pele e outras doenças”. Segundo ele, havia um projeto desde 2013, para colocar uma quadra de grama sintética, o que não se efetivou. Eduardo comprometeu-se a levar o caso a Thales Coutinho, presidente da Fundação de Esporte de Macaé (Fesporte).
Jornalista: Marcello Riella Benites