Durante as discussões sobre o novo Código de Zoneamento, aprovado em 2017, o presidente da Câmara Municipal de Macaé, Eduardo Cardoso (PPS), apresentou uma emenda que proíbe atividades radioativas em áreas urbanas. Outra medida foi solicitar junto ao Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN) um relatório de todas as empresas que utilizam o material, mas sem resposta até o momento. Por isso, na sessão desta terça-feira (27), foi aprovado um requerimento que cobra uma posição da autarquia.
De acordo com o presidente da Casa, o objetivo é tornar públicas as informações e, consequentemente, os possíveis riscos de acidentes. “Não queremos que aconteça com Macaé o mesmo que ocorreu em Goiânia, com milhares de vítimas sofrendo os efeitos da radiação até hoje. O nível de contaminação só não foi mais grave do que Chernobyl”, alertou. Eduardo se referiu ao acidente radiológico que aconteceu em 1987 e que ficou conhecido como Césio-137.
O requerimento também pede uma lista completa com todas as empresas que possuem autorização para realizarem procedimentos que envolvem materiais radioativos, desde a instalação e o controle até o transporte de produtos e rejeitos. Caso o CNEN mantenha a posição de não responder o pedido, o presidente apresentará uma denúncia formal. “Se for preciso, encaminharei o caso ao Ministério Público”, frisou.
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