<span style=" font-size: 14px;font-family: arial;">O requerimento aprovado na terça-feira (9) é do vereador Igor Sardinha que, há mais de um ano, solicita providências do Executivo.</span>
O plenário aprovou nesta terça-feira (9), por unanimidade dos presentes, o requerimento Nº 321/2015, de Igor Sardinha (PT), solicitando audiência pública, em data a ser agendada, para “tratar do forte cheiro de gás e possíveis irregularidades ambientais ocorridas ao longo dos canais nas proximidades dos bairros Novo Botafogo, Aroeira e Malvinas”. O requerimento acrescenta: “O forte mau cheiro está atrapalhando as escolas ao redor e com crianças passando mal. Muitas reuniões já foram feitas e não houve nenhuma melhoria, por isso, a necessidade de se realizar audiência pública”.
O vereador afirma que há mais de um ano solicita providências do Executivo mas não tem sido atendido com a celeridade que o problema exige. “Tive, porém, total apoio do vereador Manoel Francisco, presidente da Comissão Permanente de Educação e Cultura da Câmara”, disse ele, lembrando que o vereador do PR não demorou em realizar visitas às escolas e indústrias do entorno para tentar descobrir a origem do mau cheiro.
Maxwell Vaz (SD) afirmou que a Empresa Municipal de Saneamento (Esane) e uma multinacional, responsável por ações ambientais no Canal do Capote, devem ser chamadas a dar explicações sobre o problema. “O Canal do Capote tem recebido uma carga muito superior à usual. A informação oficial é que o esgoto está sendo encaminhado apenas para a Estação do Mutum, mas não está”. Segundo ele, o canal contorna o bairro Novo Botafogo, com excesso de material orgânico que, degradando-se, deve originar o odor. Maxwell mencionou ainda a maré baixa que, com a exposição maior de matéria orgânica ao ar, também origina exalação de gases.
Meio Ambiente autuou 40 empresas
O vereador do Solidariedade lamentou que não estejam sendo utilizadas estações móveis de tratamento de esgoto para enfrentar o problema. Manoel Francisco disse que devido ao mau cheiro, com frequência, as crianças têm de ser liberadas das aulas. Porém, além do prejuízo ao conteúdo escolar, o problema continua, pois o odor espalha-se por toda parte e continua levando mal-estar à população.
“Fomos a 23 empresas na área, com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, e foram autuadas 20 delas”, relata Manoelzinho das Malvinas, acrescentando que, posteriormente, o número de empresas notificadas chegou a 40, e que uma delas, onde houve resistência à fiscalização, “foi lacrada”. Ele solicitou que a audiência pública aguarde o resultado de estudos que estão sendo feitos junto ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que deve sair em 30 dias. O proponente da audiência, Igor Sardinha, concordou.
Jornalista: Marcello Riella Benites