Ato aconteceu na noite desta quarta (29)
Uma manifestação contra a ciclovia na Rua Teixeira de Gouveia foi marcada para as 16h do dia 4 de abril. O protesto será no cruzamento da via com a Rua Silva Jardim e foi decidido em audiência pública realizada na noite desta quarta-feira (29), na Câmara Municipal de Macaé.
A audiência foi solicitada e presidida pelo vereador Maxwell Vaz (SDD), com o objetivo de debater a transformação da faixa de estacionamento da rua em ciclovia, no trecho que compreende a Praça Washington Luiz e Igreja Nossa Senhora de Fátima. Segundo empresários, o comércio foi afetado com a falta de vagas para veículos. O ato ainda contou com a participação dos parlamentares Val Barbeiro (PHS) e Luiz Fernando Pessanha (PTdoB), além do ex-vereador Igor Sardinha.
“Apoiaremos as propostas e até as ações judiciais para retirar a ciclovia dali”, disse Maxwell. Ele reforçou que a audiência foi motivada por um abaixo-assinado com mais de 1,2 mil assinaturas de pessoas ligadas ao comércio e contrárias à ciclovia.
“Dos 20 mil comerciários de Macaé, 8 mil já foram demitidos devido à queda das vendas. Os que não perderam o emprego estão ganhando o piso, que é pouco mais de R$ 1.000, enquanto no passado ganhavam, com as comissões, até R$ 3.500”, disse a presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Macaé e Região, Mariá de Azevedo Silva. Segundo ela, a ciclovia contribui fortemente com a crise do comércio.
“Eu tinha 20 funcionários. Precisei demitir cinco e talvez demita mais cinco”, exemplificou a comerciante Cicianne Padilha. Mariá acrescentou ainda que o Clube dos Diretores Lojistas (CDL), a Associação Comercial e Industrial de Macaé (Acim) e o Sindicato Patronal estão omissos no caso.
“Lamento a ausência de representantes do governo para debater conosco”, ressaltou Igor. Outras propostas de iniciativas foram: confecção de adesivos e faixas de protesto, colocação de listas de abaixo-assinados em pontos estratégicos, visita a uma rádio local e divulgação nas redes sociais.
Igor também propôs a criação de uma comissão de vereadores para estudar o caso e produzir um documento que possa embasar ações judiciais.
Jornalista: Marcello Riella Benites