O retorno da Coordenadoria Regional de Educação para Macaé foi um dos assuntos debatidos.
Motivada por uma reivindicação da Câmara Itinerante, o legislativo macaense realizou, na manhã desta segunda-feira (30), uma audiência pública para debater a situação do Ensino Médio na cidade. Entraram em pauta assuntos relevantes, como o retorno da Coordenadoria Regional de Educação para a cidade, a transferência de gestão das escolas municipalizadas e a infraestrutura dos colégios.
A audiência foi aberta pelo presidente Eduardo Cardoso (PPS) e conduzida pelo deputado estadual e presidente da Comissão de Educação da Alerj, Comte Bittencourt (PPS). Além dos vereadores, a bancada foi composta por representantes da Secretaria Estadual de Educação e de sindicatos da categoria.

Os vereadores Júlio César de Barros (PPL), o Julinho do Aeroporto, e Manoel Francisco Neto (sem partido), que preside a Comissão Parlamentar de Educação, reforçaram a posição de Eduardo. “Algumas questões já deveriam ter sido resolvidas, como a do passe escolar. O ano letivo já está no fim, mas vários alunos ainda não receberam o cartão de acesso ao transporte público, como assegura a lei”, acrescentou Manoel.
“A realidade é que a educação está sucateada. Não dá para falar de crescimento e de igualdade sem um ensino de qualidade”, frisou Julinho. As dificuldades mencionadas foram confirmadas pelo secretário de Educação e vereador licenciado, Guto Garcia.

Para Marcel Silvano (PT), o governo estadual não valoriza o profissional de educação. “Os salários são baixos e pouco competitivos. Quando o governo se omite, aumentam as brechas para o crime organizado. Com o Estado reassumindo o controle, surgem muitos boatos a respeito de mudanças no formato de gestão das escolas de Ensino Médio da Região Serrana e todos estão preocupados“, alertou.
Sobre o tema, Comte Bittencourt e representantes da Secretaria de Educação divulgaram os planos para os próximos anos. A expectativa é de que, gradativamente, a prefeitura repasse as escolas de Ensino Médio para o governo Estadual, em formato de gestão compartilhada. A diretora do Colégio Rachel Reid, Gabriela Barreto de Oliveira, declarou preocupação com a notícia. “Trabalhei em uma escola, no Rio de Janeiro, que passou pela mesma mudança e os problemas foram enormes”, disse.

Durante a audiência, representante dos sindicatos dos professores e pais de alunos também pediram melhorias na infraestrutura das escolas e melhorias na qualidade do ensino. Sobre a nova escola no Lagomar, estima-se que a obra seja concluída no próximo ano, com o início do orçamento de 2016. Do encontro, ficou acordado o envio de ofício com as reivindicações feitas no plenário para o secretário Estadual de Educação, Antonio Neto.
Jornalista: Júnior Barbosa