Tema ainda gerou debates sobre as condições de trabalho da categoria
Uma correspondência, requerendo informações sobre os cortes nas gratificações aos trabalhadores do Serviço Público de Atendimento à Urgência e Emergência 192, será enviada, pela Câmara Municipal de Macaé, ao prefeito Dr. Aluízio (PMDB). A solicitação, feita por Maxwell Vaz (SD), foi aprovada na sessão desta terça-feira (23).
“Temos recebido denúncias de pessoas que tiveram cortes no adicional a que têm direito por trabalharem em regime de urgência e também no seu adicional noturno”, justificou o vereador. A proposição serviu de oportunidade a um debate sobre as condições do serviço.
Amaro Luiz (PRB) contou ter presenciado um caso no qual uma ambulância foi requisitada em unidade de saúde no Lagomar e, quando chegou ao local, teve que transportar oito pessoas, uma delas com fratura exposta. “Esse motorista poderia ter sido punido, mas teve que fazer isso, pois senão demoraria oito horas para atender a todas as pessoas, uma por uma, já que não havia outros veículos disponíveis. É nessas condições que esses servidores estão trabalhando”.
Igor Sardinha (PRB) afirmou que o serviço de ambulâncias, realizado pela empresa Same, está “asfixiado”. Segundo ele, a empresa está sofrendo com atrasos nos pagamentos por parte da prefeitura. “A Same colocou os funcionários em aviso prévio e deverá deixar de executar o serviço”.
O parlamentar mencionou, ainda, ter visto grande número de ambulâncias com reparos a serem feitos e fora de funcionamento, na garagem da prefeitura. Segundo ele, não há contrato de manutenção para realizar os consertos. “Os profissionais do serviço estão se tornando vigias de veículos, pois as ambulâncias ficam paradas. Enquanto isso, a população sofre com o mau atendimento”, concluiu.
Jornalista: Marcello Riella Benites