Cerca de 600 pessoas assistiram ao 1º Encontro de Corais do Centro Cultural do Legislativo, em frente à sede antiga da Câmara de Macaé, no Centro. Durante o evento gratuito, realizado na noite desta sexta-feira (26), o público quase lotou o espaço entre o prédio e as lojas.
Com o nome de “Saudação à Primavera”, as apresentações tiveram um repertório que foi das músicas cristãs às populares, com grupos de Macaé, Rio das Ostras e Campos dos Goytacazes. O regente do coral Jardora, da Igreja Presbiteriana, ficou impressionado com o porte do encontro. “Moro aqui desde os anos 1990 e jamais vi um evento de corais com tanta gente”.
Representando o presidente do Legislativo, Alan Mansur (Cidadania), o vice, Luciano Diniz (Cidadania), lembrou que a programação integra as ações da Frente Parlamentar de combate à Desertificação do Centro de Macaé. “É um fenômeno mundial em cidades grandes e médias”. Entre outros motivos, o esvaziamento das áreas centrais ocorre porque os moradores se retiram para morar em outros bairros.
O diretor do Centro Cultural, Meynardo Rocha, afirmou que a escolha para a realização do evento em uma sexta, no início da noite, foi proposital. “Queríamos atrair as pessoas que saem do trabalho a essa hora”. Outro fator que contribuiu pela opção deste dia foi o fato de o público, geralmente, poder ficar acordado até mais tarde.
Cultura fomentando a economia
Foi esse o caso do funcionário da Acim, Carlos Souza. “Estou gostando muito. Terminei o expediente, vi o movimento e fiquei, ainda de uniforme”. Dona Neusa Maria, pipoqueira em um ponto próximo, estava atendendo às pessoas que formaram fila ao lado de seu carrinho. “Já estava indo pra casa e parei aqui. E agora vou até ter que comprar mais óleo, que o meu acabou”.
Para a secretária de Cultura Waleska Freire, atividades culturais movimentando a economia são fundamentais para revitalizar o bairro. “Isso favorece que as pessoas se encontrem aqui no Centro. Além disso, estamos provando que a música cantada em conjunto nos fortalece como comunidade”, acrescentou.
Dona Marizete Barbosa, de 86 anos, integra o Coral da Uenf, que reúne professores, alunos, funcionários e pessoas da comunidade. Ela não estava cansada com a viagem, nem preocupada com a volta para Campos, logo após o evento. “A música é a minha vida e pra cantar, faço qualquer sacrifício”.