O biólogo e membro do Comitê de Bacia Hidrográfica (CBH) dos rios Macaé e das Ostras, Leonardo Fernandes, ocupou o Grande Expediente do Legislativo macaense nesta quarta-feira (13). A convite de Luciano Diniz (Cidadania), ele apresentou o enquadramento de recursos hídricos da Região Hidrográfica 8, que tem ainda Carapebus, Conceição de Macabu e Casimiro de Abreu.
Trata-se de uma classificação de rios e lagoas, de acordo com a qualidade e os usos previstos em cada trecho dessas formações. Faz parte da Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei Federal n° 9433/1997). A partir do enquadramento, os governos e entidades ambientais têm uma base para fiscalizar e coibir utilizações que impactem o meio ambiente.
Segundo Leonardo, para elaborar esse estudo, o Comitê baseia-se em três perguntas: “Que rio temos?”, “Que rio queremos ter?” e “Que rio podemos ter?”. Entre outros, ele deu o exemplo de dois trechos do Rio Sana. “Da cabeceira até a sede do distrito, já não é Classe Especial, que impediria qualquer lançamento de resíduos. Nesse trecho, é Classe 1, pois já existem algumas residências e fazendas”.
“Da sede até a confluência com o Rio Macaé, é Classe 2, pois temos ali um adensamento populacional mais significativo e uma estação de tratamento que lança esgoto”, continuou. A respeito da Lagoa de Imboassica, Leonardo explicou que não há ainda um enquadramento devido à proximidade com o mar. “Ela precisa ser melhor estudada”.
Abertura da barra da Lagoa
Luciano perguntou a Leonardo, que também trabalha no Instituto Estadual do Ambiente (Inea), sobre a avaliação do nível da Lagoa, para abrir eventualmente a barra, devido a fortes chuvas, a fim de minimizar alagamentos na cidade. “Não há uma forma mais eficaz que a medição com réguas?”. O biólogo respondeu que o Inea e o Comitê estão se unindo para adquirir uma estação telemétrica de monitoração.
O técnico deixou na Casa o arquivo com o material apresentado, que pode ser acessado no Serviço de Apoio ao Processo Legislativo (SAPL – Macaé).