“As próximas seis semanas serão difíceis”. Foram essas as palavras do secretário adjunto de Alta e Média Complexidade de Macaé, Carlos Emir Júnior, que participou da sessão da Câmara dos Vereadores, nesta terça-feira (2), a fim de falar sobre o atual momento da pandemia. Enquanto a apresentação acontecia, a prefeitura atualizou o covidímetro, mostrando novamente a cidade na faixa laranja, ou seja, com alto risco de contaminação pela Covid-19.
Carlos Emir, que também é médico, fez um balanço das ações tomadas nos últimos 12 meses e alertou para o aumento da taxa de ocupação dos leitos, hoje na casa dos 60%. Entre os próximos objetivos, está a retomada da parceria com o Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Nupem-UFRJ).
“No ano passado, tivemos um importante suporte do instituto, especialmente em relação aos exames. Agora, é preciso identificar se o atual cenário é reflexo do carnaval ou se há variantes do vírus na cidade”, disse.
O secretário adjunto ainda defendeu que o cálculo do covidímetro seja revisto. “A área técnica identificou que o atual modelo está obsoleto. Precisamos de maior precisão dos números”, disse. De acordo com o líder do governo, Guto Garcia (PDT), a prefeitura apresentará as modificações necessárias. Já Rafael Amorim (PDT) solicitou maior testagem da população.
Iza Vicente (Rede) questionou a Saúde sobre a falta de atualização do covidímetro nos últimos dias e defendeu que a população deve ser informada diariamente sobre o coronavírus, sem interrupções. Como Macaé regrediu de faixa, as aulas presenciais na rede particular de ensino, que estavam liberadas desde ontem, voltaram a ser suspensas. A medida consta no plano de retomada da educação.
“Lockdown parcial”
A secretaria de Saúde recomenda restringir a circulação de pessoas nos próximos dois finais de semana. A proposta de “lockdown parcial” (das 21h às 5h) tem o objetivo de diminuir os riscos de contágio com a Covid-19. Segundo Carlos Emir, é possível manter as praias liberadas, desde que haja maior rigor na fiscalização dos protocolos de segurança. “Cabe ao prefeito decidir o que será feito.”