Após propostas de reativação, por pelo menos duas vezes, em 2019 e 2020, o antigo Ceasa, na Barra de Macaé, voltou a ser discutido no Legislativo macaense, nesta terça-feira (1). Desta vez, o encaminhamento foi outro. Os parlamentares aprovaram requerimento de Liomar Queiroz (Agir) para a demolição do prédio, abandonado há pelo menos duas décadas. A vereadora também solicita ao governo do estado, responsável pelo espaço, a limpeza do terreno.
“Esse local está servindo para consumo de substâncias ilícitas e moradia irregular. Peço aos colegas o apoio ao requerimento”, defendeu Liomar. Ela, porém, disse que uma outra saída está sendo proposta pelo prefeito Welberth Rezende (Cidadania), a fim de implantar ali um centro de referência para atendimento de Pessoas com Deficiência (PcD).
Rond Macaé (PSDB) lembrou que já foi proposto para a área o funcionamento de um restaurante popular em parceria com o estado. “O projeto está parado nas mãos do governo estadual. A demolição seria uma perda, pois a estrutura do prédio é muito boa, e poderia ser aproveitada”. O presidente Alan Mansur (Cidadania) apoiou. “Se o estado não dá conta, que deixe o município assumir”.
Leandra Lopes (PT) e Luciano Diniz (Cidadania) também discursaram favoravelmente à proposta da Liomar. A parlamentar do Agir ainda teve aprovado um projeto de lei (PL) para conceder prioridade ao atendimento e diagnóstico de pessoas com suspeita de autismo e síndrome de Down nas unidades de saúde. Por meio de requerimento, ela ainda solicitou ao Executivo informações acerca do banco de leite materno, como a estimativa de doadoras, de volume a ser coletado e a capacidade de armazenamento.
Luto materno
Cesinha (Cidadania) obteve dos colegas o apoio a um PL que determina a hospitais públicos e privados procedimentos para humanização do luto materno e parental. “Podemos apenas imaginar tudo que as mães passam quando têm uma perda como essa”. Segundo o vereador, a matéria prevê, entre outras providências, acompanhamento psicológico, coleta de lembranças do bebê natimorto, e a possibilidade de escolha entre sepultá-lo ou cremá-lo.
IPTU em braile
Já Leandra teve aprovado um projeto para a impressão do carnê de IPTU em braile. “Temos falado muito aqui de deficiências como o autismo, mas não podemos esquecer as pessoas com limitações físicas. Queremos acessibilidade para os cegos, que possam ler o carnê para pagar suas taxas”.