A convite do vereador Rafael Amorim (Cidadania), o psicanalista Vagner da Costa Freitas falou no Grande Expediente da sessão desta terça-feira (15), na Câmara Municipal de Macaé. Ele relatou pesquisas que apontam a possibilidade de que parte dos casos de autismo tenham relação com o consumo de proteína animal. “Trabalhamos com os 2% de casos que não são genéticos”, afirmou.
Em suas investigações de doutorado sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), pelo Instituto de Formação Fateb, de Salvador, ele citou o estresse de animais que participam de rodeios ou os sofrimentos impostos na criação e abate do gado. “Devido aos maus tratos e a exposição excessiva a ruídos elevados, substâncias são liberadas na corrente sanguínea e assimiladas pela carne do animal. A ingestão desse alimento por mães lactantes afeta as crianças”.
O pesquisador indicou estudos dando conta de que esses alimentos têm relação com o TEA. De acordo com ele, o Japão apresenta as menores taxas do transtorno porque lá é muito rigorosa a fiscalização sanitária para a criação e o abate de animais de corte (para o consumo humano). Rafael Amorim aproveitou para alertar sobre a inspeção alimentar no município. “Localizamos por vias da cidade 21 vacas sem numeração”, afirmou, considerando que o registro garante que o gado passou por cuidados mínimos para a prevenção de doenças. José Prestes (Podemos) fez a ressalva de que os bovinos dos rodeios raramente vão para consumo, mas concordou que a alimentação da mãe pode prejudicar o bebê. O presidente Cesinha (Cidadania) também participou do debate: “Em nossa sociedade, 50% da população tem algum tipo de transtorno, então, é necessário cuidar da saúde das pessoas desde o início da vida”.