<span style="font-size:14px;"><span style="font-family:arial,helvetica,sans-serif;">Projetos do Executivo, que tramintam em regime de urgência, serão votados na próxima semana.</span></span>
A sessão da Câmara Municipal de Macaé desta quarta-feira (14) foi marcada pela discussão sobre o pedido de tramitação, em regime de urgência, de duas matérias de iniciativa do Executivo. A solicitação do prefeito Aluízio Santos Jr. (PMDB) foi aprovada por nove votos favoráveis e cinco contrários. Os vereadores Chico Machado, Igor Sardinha (PRB), Maxwell Vaz (SD), Marcel Silvano (PT) e Amaro Luiz (PRB) argumentaram que o regime de urgência atrapalharia a realização de um amplo debate com a sociedade.
A aprovação da proposta do Executivo implica votação pelo Legislativo, em até dez dias, a contar do dia da votação (14/10), do projeto que vincula o Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Macaé (MacaePrev) à Secretaria Municipal de Gestão Pública, além da criação de um novo comitê de investimentos e desinvestimentos na previdência do município. Tais mudanças retiram do Legislativo, da MacaePrev e dos servidores municipais a possibilidade de participarem das decisões sobre a gestão dos recursos previdenciários.
A alteração do art. 2º do PL 204/2012, apresentada pelo prefeito, propõe a ampliação do número de integrantes do comitê, que participa das decisões sobre a previdência dos servidores efetivos municipais, e torna a indicação dos seus membros privativa do Executivo.
Atualmente, o comitê possui três integrantes, indicados pelo Executivo, Legislativo e MacaePrev – um representante de cada. De acordo com o PL 11/2015, o número de membros passaria para seis, mas todos eles seriam indicados exclusivamente pelo prefeito.
O relator da Comissão Parlamentar de Constituição, Justiça, Redação e Garantias Fundamentais (CCJ), Maxwell Vaz (SD), informou, em plenário, que já aconteceram duas reuniões com os representantes da MacaePrev e Sindicato dos Servidores Públicos de Macaé (Sindiserv). Na última reunião, a CCJ anunciou que vai apresentar um substitutivo ao PL 11/2015, com as alterações necessárias para atender ao sistema previdenciário nacional.
Para Maxwell, o PL 011/2015 é abusivo, pois não respeita o princípio da paridade, que é norma previdenciária nacional, retirando a representação de todos os demais envolvidos. “O projeto dá plenos poderes ao Executivo para gerir o fundo previdenciário como bem quiser, sem que qualquer um dos envolvidos seja ouvido ou possa interferir nas suas decisões”, explicou.
Jornalista: Adriana Corrêa
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