<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; text-align: justify;">Foi solicitada cópia das despesas do projeto em 2014 e 2015, por evento, assim como as justificativas dos gastos.</span>
Um requerimento do vereador Maxwell Vaz (SD), apresentado nesta terça-feira (25), na Câmara Municipal de Macaé, ensejou um debate sobre as prioridades da atual administração municipal. O parlamentar solicitou cópia das despesas do projeto ‘Lagoa Rock’ em 2014 e 2015, discriminada por evento, assim como as respectivas justificativas dos gastos. A proposição foi aprovada por unanimidade entre os vereadores presentes.
O projeto em questão promove shows de rock gratuitos na Lagoa de Imboassica e conta com o apoio da Prefeitura de Macaé – por meio da Secretaria Municipal de Governo e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico. O autor do requerimento criticou a utilização dos recursos dos royalties do petróleo para a realização desse tipo de evento, diante da crise econômica que o município enfrenta. “Macaé pode arrecadar bilhões, mas se não houver controle das despesas, a crise não terá fim. É preciso ter prioridade”, defendeu.
Júlio César de Barros (PPL), o Julinho do Aeroporto, lembrou que o mesmo ocorreu nos festejos de Carnaval, que também utilizou receita dos royalties na sua realização. Entretanto, Maxwell rebateu a comparação, esclarecendo que, diferente do Lagoa Rock, o Carnaval é um dos eventos que mais empregam no município. “São muitas pessoas envolvidas que trabalham por meses para a realização da festa, gerando emprego e renda para diversos tipos de profissionais e suas famílias.”
Embora tenha defendido a continuidade do projeto, Marcel Silvano (PT) reconheceu a necessidade de reavaliação das prioridades do governo em momentos de crise e pediu mais transparência na divulgação nos gastos públicos. Já Igor Sardinha (PRB) destacou a falta de foco da administração municipal nas necessidades básicas dos cidadãos.
Para o vereador do PRB, o município não pode deixar de pagar fornecedores da Saúde, alegando dificuldades orçamentárias, e continuar a patrocinar atividades de entretenimento. “Shows de rock não são mais importantes que a saúde e a educação da população.” Para Igor, é necessário maior responsabilidade no trato tanto das informações quanto das prioridades do governo.
Jornalista: Adriana Corrêa