<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; text-align: justify;">Antes do resultado da votação, a Semed enviou uma mensagem informando que a escola manterá o ensino médio noturno.</span>
Durante a sessão desta terça-feira (20), a Câmara Municipal de Macaé voltou a se posicionar contra o fim do Ensino Médio noturno no Colégio Estadual Municipalizado Raul Veiga, no distrito de Glicério, localizado na Região Serrana. Dois requerimentos de Igor Sardinha (PRB) foram aprovados por unanimidade, incluindo o que solicita o envio de um relatório ao Executivo, que foi elaborado pelos vereadores que se reuniram, na unidade, com a direção, representantes da Secretaria de Educação (Semed), alunos e pais.
Durante defesa das proposições, Igor rebateu os dados do levantamento feito pela direção do colégio, que citou a economia, o baixo índice de aprovação e o elevado número de ausências de alunos e professores como alguns dos motivos para extinguir o ensino no turno da noite, realocando os estudantes em unidades de outros distritos. “Uma medida extrema como essa não seria capaz de resolver os problemas. É preciso investimento e uma gestão coletiva, principalmente, com um diálogo aberto com a sociedade, algo que falta neste governo”, criticou.
Marcel Silvano (PT) e Welberth Rezende (PPS) foram os vereadores que assinaram o relatório com Igor. “O encontro foi muito produtivo e, lá, uma comissão de alunos foi formada para dar seguimento aos diálogos com a Semed. Sabemos que não há uma decisão formada, mas é preciso reforçar que a economia seria mínima, uma vez que os custos deveriam ser passados para a escola que fosse receber a nova demanda de ensino”, disse Welberth.
“A educação é um processo de médio e longo prazo. Não devemos atribuir o problema apenas ao estudante. O contexto precisa ser analisado melhor e fechar turmas nunca é a solução”, acrescentou Marcel. “Resolver o problema passa pela manutenção do Ensino Médio no Raul Veiga. Só em situação de calamidade financeira é que devemos cogitar o fechamento de unidades de saúde ou educação”, ponderou Maxwell Vaz (SDD).
Posição da Câmara rende resultados
Antes do resultado da votação, Guto Garcia (PMDB), ex-secretário de Educação, leu uma mensagem que recebeu da Semed que aponta para um desfecho favorável aos alunos. “Todas as escolas apresentam relatórios e esse é um procedimento comum. Não acredito que a secretaria fechará as turmas, mas algumas medidas precisam ser tomadas”, defendeu.
“Após tomar conhecimento do relatório feito pela direção da escola e pelo que os vereadores apresentaram, fica claro que, na verdade, é preciso investir ainda mais e, se possível, até abrir novas turmas. Acredito que a secretária Marilena Garcia não tomaria uma medida que prejudicasse os alunos da Região Serrana”, afirmou o presidente Eduardo Cardoso (PPS).
Jornalista: Júnior Barbosa