Logo após a sessão desta terça-feira (15), a Câmara Municipal se reuniu com o Sindicato dos Servidores Públicos de Macaé (Sindservi). O objetivo foi dialogar sobre o Projeto de Lei (PL) 008/2022, que propõe reajuste de 5% para a categoria este ano. Na última semana, o plenário rejeitou o pedido de urgência na tramitação da matéria.
Recém-empossada presidente do Sindservi, Miriam Seso esteve acompanhada dos novos membros da diretoria. Ela apresentou dados do Portal da Transparência para defender que o aumento seja de 10,54%, além de passar o auxílio alimentação de R$ 400 para R$ 800. O PL estabelece mudança para R$ 500, além de auxílio refeição de R$ 300 para quem recebe até R$ 2.262,00.
“Hoje, o servidor sofre com a defasagem de 40% do salário. São muitos anos sem reajuste e sabemos que a atual gestão não conseguirá resolver todo o passivo de uma vez. Temos um estudo, feito com dados públicos, que mostra a viabilidade de melhoria na proposta inicial. Também gostaria de registrar nosso agradecimento à Câmara por nos receber tão bem para este diálogo”, disse Miriam.
Para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o limite prudencial para a folha de pagamento da prefeitura é de 51%. Macaé encerrou 2021 com a histórica arrecadação de R$ 3 bilhões e gastos com servidores em 40%. De acordo com o sindicato, se a proposta da classe for aceita, o percentual não passará dos 45%.
O presidente Cesinha (Pros) afirmou que a Câmara está unida em prol da valorização dos servidores. “Além de um salário justo, é preciso melhorar a estrutura de trabalho. Também não podemos esquecer que o orçamento tem o compromisso de retomar investimentos e obras paradas. Assim, a economia terá crescimento a longo prazo.”
Também participaram da reunião Edson Chiquini (PSD), Professor Michel (Patriota) e Iza Vicente (Rede), além de Luciano Diniz (Cidadania), que é líder do governo. Na tarde desta quarta-feira (16), o Legislativo estará com o Sindservi na prefeitura para uma nova rodada de negociação.