A viabilização do Centro de Referência para Pessoas com Deficiências foi compromisso assumido pela Câmara de Macaé após reivindicação de mães de autistas nesta quarta-feira (13). Lúcia Anglada, presidente do Motivados pelo Autismo Macaé (Mopam), e Marina Frouche, do Centro de Estimulação Precoce e Integração Sensorial (Cepis), falaram no Grande Expediente.
“Vemos obras voltadas ao lazer, reforma do Parque de Exposições, revitalização do Calçadão… Mas onde está o centro de apoio à pessoa com deficiência (PcD)?”, protestou Lúcia após enumerar realizações da prefeitura. Rafael Amorim (PDT) orientou as duas a protocolarem na Casa solicitação de registro das entidades como de utilidade pública. “Todos nós apoiaremos”.
Reginaldo do Hospital (Podemos) disse que realizou visita para conhecer um centro de referência na capital. “Teremos reunião na Secretaria de Saúde e levaremos esta pauta”. Iza Vicente (Rede) frisou que há recursos, mas falta planejamento: “Estamos numa boa fase de arrecadação com os royalties que podem ser usados neste caso”.
O líder do governo e presidente da Comissão Permanente de Obras, Luciano Diniz (Cidadania), afirmou que não há registro de construção do centro nos projetos em andamento na prefeitura. “As secretarias de Saúde ou de Desenvolvimento Social devem solicitar. Mas também podemos fazer o pedido via Legislativo”.
Severas críticas
Em seus discursos, Lúcia e Marina criticaram a invisibilidade da causa, a falta de compaixão da sociedade e mencionaram o significativo número de casos. “As situações não doem porque não é em vocês”, lamentou Frouche. “Há um autista em cada ônibus com lotação completa”, comparou Anglada.
O presidente Cesinha (Pros) garantiu que a Câmara dará voz e apoio total à causa. “Tudo que não tiveram até agora vocês terão”. As representantes questionaram fortemente Executivo e Legislativo. Parlamentares justificaram ausência em recente audiência pública protagonizada pelo Mopam. Lúcia, entretanto, agradeceu pelo espaço recebido na Casa.