A falta d’água, que afeta diversos bairros, voltou ao debate na sessão desta quarta-feira (3), na Câmara Municipal de Macaé. Na ocasião, foram aprovados dois requerimentos sobre o tema. O primeiro foi proposto pelo presidente do Legislativo, Cesinha (Pros), que questionou à Cedae os motivos do frequente desabastecimento de água no bairro Parque Atlântico, antiga Vila Badejo, e adjacências.
De acordo com Cesinha, são tantas reclamações e pedidos de providências à Cedae, que não é possível nem contabilizar mais. “Acho que o tempo da Cedae na cidade já passou. Macaé cresceu e o serviço não acompanhou a demanda”. O presidente ainda lembrou os R$ 80 milhões em recursos, obtidos por intermédio do deputado estadual Chico Machado (Solidariedade), para viabilizar o acesso à agua a todos os moradores da cidade.
Segundo o líder do governo na Câmara, Luciano Diniz (Cidadania), há dois anos o prefeito Welberth Rezende (Cidadania) luta para fazer uma nova licitação da gestão da água no município – ainda sem sucesso por questões legais. “A gestão da água é atribuição do governo do Estado, mas a população não vê dessa forma e cobra o prefeito. Ele não aguenta mais reclamações a respeito da Cedae, que, por sua vez, não apresenta soluções concretas e rápidas para o problema”, explicou.
O segundo requerimento endereçado à Cedae foi feito por Luiz Matos (Republicanos) que solicitou providências imediatas para a recorrente interrupção no fornecimento de água no bairro Campo D’Oeste. “Assistimos de perto o sofrimento da população. Famílias com recém-nascido, com idosos que usam fraldas… todos sem água. Enquanto isso, não faltam carros pipa ao custo médio de R$300. Essa situação não pode continuar”.
Amaro Luiz (PRTB) pediu a rescisão do contrato com a Cedae alegando danos à saúde pública. “A demanda nos hospitais aumenta sem água, tanto no Lagomar quanto em outras localidades. Disenteria, escabiose, doenças de pele, hepatite… São muitos os prejuízos aos cidadãos”.
Reginaldo do Hospital (Podemos) lembrou que o problema afeta também os moradores do Morro de São Jorge. Já Tico Jardim (Pros) afirmou que a situação é semelhante na Virgem Santa.