Dois requerimentos aprovados na sessão desta terça-feira (20), na Câmara Municipal de Macaé, geraram discussão entre os parlamentares. O primeiro foi um pedido de informações ao Executivo sobre a distribuição de material escolar para os estudantes da rede municipal em 2023. Já o segundo busca saber o motivo da interrupção da obra da ponte de madeira no bairro Botafogo.
A primeira iniciativa foi de Iza Vicente (Rede), que manifestou preocupação com o prazo de chegada do material escolar, uma vez que este ano eles atrasaram consideravelmente e até hoje os alunos não receberam uniforme.
A vereadora ainda relatou que estudantes a procuraram para reclamar que as portas dos banheiros estão sem trinco em algumas escolas, o que traz muita insegurança, sobretudo para as meninas. “Seria ótimo se a secretária de Educação viesse a esta Casa e respondesse esses e outros questionamentos sobre as reformas e a construção de novas escolas”, disse.
Infraestrutura para o Botafogo
O segundo requerimento foi feito pelo presidente Cesinha (Pros), que perguntou pela situação da empresa que abandonou a obra da ponte do Botafogo. “Os alunos que usam o transporte escolar não conseguem passar pela ponte, que está completamente depredada. Também é preciso fazer a pavimentação do bairro e de outras localidades como Águas Maravilhosas e a Piracema”, cobrou.
O líder do governo na Câmara, Luciano Diniz (Cidadania), informou que a alternativa agora seria fazer uma nova licitação. “A empresa também precisa ser penalizada. Ela não pode voltar a prestar serviço para a prefeitura”, defendeu. Tico Jardim (Pros) e Reginaldo do Hospital (Podemos) reforçaram os pedidos de solução.
Obra no Calçadão
Iza Vicente aproveitou para pedir a finalização das obras no início do Calçadão da Avenida Rui Barbosa. “Há apenas três homens trabalhando lá e a reforma, que pelo visto não tem prazo para terminar, está afetando o comércio”.
Cesinha acrescentou que o local virou um grande mictório (atrás dos tapumes) e está prejudicando os comerciantes e lojistas que ainda se recuperam dos prejuízos acumulados durante a pandemia. “O cheiro de urina no local é terrível. Estamos há três meses do Natal e obra precisa ser finalizada o quanto antes”.
Luciano Diniz procurou isentar a prefeitura ao informar que “a obra é 100% do governo do Estado”. Reginaldo e Paulo Paes (União Brasil) também pediram celeridade nos trabalhos.
Merenda escolar
Edson Chiquini (PSD) denunciou que as escolas do município não estão respeitando o cardápio escolar. “Recebi relatos de que foi dado apenas um copo de leite e uma maçã no desjejum, sem um pedaço de pão ou biscoito para as crianças. Algumas delas vão ao colégio sem tomar café da manhã, e isso não é o suficiente”, justificou.
Guto Garcia (PDT) explicou que não existe mudança no cardápio. Segundo ele, a empresa responsável pelo fornecimento da merenda escolar alegou falta de alguns itens alimentícios e fez a troca por outros. “Mas a Semed (Secretaria de Educação) já fez uma notificação para se precaver caso a situação volte a se repetir”, esclareceu.