Os médicos Flávio Antunes e Sávio Mussi ocuparam nesta terça-feira (25) o Grande Expediente para falar sobre o câncer. Ambos foram convidados por Reginaldo do Hospital (Podemos), presidente da Comissão Permanente de Saúde. Após breve fala inicial, Antunes passou a palavra a Mussi.
A palestra é uma das iniciativas da Casa para dar visibilidade ao Outubro Rosa, mês em que é intensificada a conscientização sobre a doença. Além de foto oficial dos servidores e vereadores, vestidos com a cor, os dois prédios do Legislativos estão com iluminação especial.
“Gostaria de apresentar aqui o conceito de ‘itinerário terapêutico’, que envolve não apenas médico e paciente, mas um contexto multidisciplinar abrangendo, por exemplo, farmacêuticos, assistentes sociais, familiares e gestores”, começou Sávio. Ele mostrou quadros de Van Gogh, que expressam a angústia do ser humano, e episódios da história das epidemias.
“É uma epidemia permanente e silenciosa, a segunda maior causa de morte”, comenta, referindo-se a um ranking da OMS que coloca as doenças cardíacas em primeiro lugar. Segundo Mussi, são 625 mil novos casos anuais. Apesar da importância do autoexame, ele critica: “É uma vergonha que 80% dos diagnósticos sejam feitos dessa forma”. A mamografia permite detectar tumores em estágios em que é muito mais fácil eliminá-los.
Considerando a legislação nacional que garante a mamografia às mulheres a partir de 40 anos, Amaro Luiz (PRTB) defendeu as que estão abaixo dessa idade. “Muitas mais novas já apresentam casos num momento em que é mais viável combatê-los”. José Prestes (PTB) falou sobre quem faz tratamento em outros municípios, por falta de estrutura em Macaé. “Seria bom que essas pessoas fossem atendidas em nossa cidade”.
Uma política de enfrentamento está prevista em plano do qual Sávio participou na elaboração. “Entregamos em 2013, mas foi colocado na gaveta”. O líder do governo Luciano Diniz (Cidadania) comunicou o projeto de um hemocentro para o qual trabalham Legislativo e Executivo. O médico louvou a iniciativa. “O fornecimento de sangue por ocasião das cirurgias oncológicas é um dos nossos maiores gargalos”.
Compra de equipamento de radioterapia
Edson Chiquini (PSD) perguntou sobre equipamento de radioterapia que estaria sendo viabilizado por uma intermediação entre Alerj e Secretaria Estadual de Saúde. Sávio respondeu que está sendo encaminhada a compra. Informou que a empresa fornecedora estadunidense só liberará o aparelho quando for garantido que não há risco de acidente nuclear, o que estaria sendo providenciado. Ao final, Reginaldo do Hospital (Cidadania) propôs a criação de um grupo para acompanhar e agilizar os trabalhos relativos à disponibilização do aparelho.