O secretário de Esportes, Aquiles Lemos Vieira, anunciará se neste ano será lançado um novo edital.
O novo secretário de Esportes, Aquiles Lemos Vieira, deve anunciar, em uma semana, se neste ano será lançado o edital para o programa Bolsa-Atleta.
O novo secretário de Esportes, Aquiles Lemos Vieira, deve anunciar, em uma semana, se neste ano será lançado o edital para o programa Bolsa-Atleta. A informação foi dada em resposta a Marvel Maillet (Rede), que presidiu a audiência pública sobre o tema na noite desta terça-feira (25), na Câmara Municipal de Macaé. “Amanhã (26) terei reunião com o prefeito e falarei com ele sobre este assunto”, disse Aquiles.
Também participou da audiência o ex-secretário, Thales Coutinho, que assumiu a pasta em 2015, quando as bolsas ainda vinham sendo pagas. “Após anos seguidos com orçamentos de R$ 18 milhões para o esporte, em 2016 esse valor caiu para R$ 4 milhões. Portanto, peço desculpas aos atletas, mas não pudemos lançar novo edital”, justificou.
O programa originado pela Lei 2.756/2006, para beneficiar o esporte amador, olímpico e paraolímpico macaense foi denunciado por ser pago a atletas que não moram em Macaé e que atuam profissionalmente, entre outros problemas. “Numa competição no exterior, um atleta brasileiro de outra cidade me disse que conseguiu a bolsa-atleta após transferir cinco títulos de eleitor para cá”, relatou Filipe Cyríaco, atual campeão sul-americano de jiu-jitsu.
Os vereadores Júlio César de Barros (PMDB), o Julinho do Aeroporto, e Maxwell Vaz (SDD) apoiaram a ideia de uma CPI do Bolsa-Atleta. “O programa sempre beneficiou pessoas de classe alta da nossa cidade”, acusou o peemedebista. “Ganho tudo em Macaé e tenho resultados internacionais e nacionais, como o da última Maratona de Curitiba: décimo primeiro no geral e primeiro na minha categoria, mas nunca consegui a bolsa”, disse o ultramaratonista e pedreiro Joseilton da Silva Santos, de 39 anos.
Esporte profissional x Bolsa-Atleta
“O programa me ajudou muito, mas quando minha bolsa foi cortada tive que parar de competir”, relatou João Cláudio Ramos, campeão mundial meio-pesado de Jiu-jitsu em 2014. O presidente Eduardo Cardoso (PPS) responsabilizou os investimentos no basquete e futebol profissionais por desperdício de recursos que poderiam ir para o Bolsa-Atleta. Thales falou sobre patrocínios de R$ 196 mil mensais para o basquete e R$ 2 milhões para o futebol. “Porém, quanto a esse segundo valor, não cheguei a ver documentos”.
O ex-secretário disse, ainda, que recebeu 13 denúncias de irregularidades que foram investigadas, e dois atletas foram excluídos. Ele também entregou a Aquiles um estudo com propostas para mudanças no programa. Os vereadores presentes se mostraram favoráveis à revisão da lei. Também participaram da audiência Alan Mansur (PRB) e Welberth Rezende (PPS), que com Marvel integram a Comissão Permanente de Esportes, além de Val Barbeiro (PHS), Márcio Bittencourt (PMDB) e Neto Macaé (PTC).
Jornalista: Marcello Riella Benites