Projeto de Lei foi aprovado por unanimidade
O Projeto de Lei que cria o Dia Municipal Antipichação, aprovado nesta quarta-feira (13), na Câmara de Macaé, provocou debates sobre arte de rua, vandalismo, violência e exclusão social. “É uma iniciativa a favor da estética da cidade. Diferentemente do grafite, que é uma arte urbana, a pichação depreda o patrimônio público e privado”, argumentou Welberth Rezende (PPS), autor da proposta.
Segundo ele, a ideia é promover um dia de reflexão sobre o mal que a pichação faz à cidade, além de inciativas de limpeza, envolvendo os órgãos públicos. Marcel Silvano (PT) disse que apoia o projeto mas ressalvou que não se pode adotar a “criminalização” como abordagem para a pichação. “Até hoje está impune o assassino do jovem Yuri, alvejado nas costas quando saía de um imóvel abandonado que havia grafitado”, afirmou.
“Não vejo relação entre a pichação com a ação do governo. Só quem reforma uma casa e a vê, depois, toda pichada, é que sente o prejuízo”, disse o líder do governo, Júlio César de Barros (PMDB), o Julinho do Aeroporto. Ele referiu-se a uma crítica de Marcel. O petista havia dito que o governo não proporciona políticas culturais para os jovens. A comemoração do Dia Mundial Antipichação foi definida para o primeiro sábado de julho.
Na mesma sessão, foi aprovado outro projeto de Welberth, criando o Dia Municipal da Paz, para promover eventos esportivos e religiosos, entre outros, com o objetivo de estimular as pessoas a “valorizarem e refletirem” sobre o tema. A comemoração será sempre no dia 8 de dezembro. Segundo Welberth, nessa data, o papa Paulo VI (1897-1978) instituiu o Dia Mundial da Paz, comemorado em 1º de janeiro.
Jornalista: Marcello Riella Benites.