No último domingo (13), ocorreu a prova do concurso público de Macaé, atraindo milhares de candidatos. A notícia que ganhou repercussão nacional, no entanto, foi sobre duas questões que trataram as mulheres de forma discriminatória. Por este motivo, a Câmara dos Vereadores aprovou, na sessão desta terça-feira (15), uma moção de repúdio à Fundação Getúlio Vargas (FGV), entidade responsável pelo processo.
O pedido de repúdio partiu do vereador Guto Garcia (MDB), que também é professor. “As questões foram totalmente misóginas. A FGV já anulou uma das perguntas, mas a outra também precisa ser desconsiderada. Hoje é o Dia do Professor e as mulheres são maioria entre os candidatos. É preciso ter respeito”. Imediatamente, o presidente Cesinha (Cidadania) pediu para que a moção fosse assinada por todos os vereadores.
Para Iza Vicente (Rede), o caso é muito grave. “Sou mulher e tenho muito orgulho disso. Como aluna de mestrado da FGV, tenho a certeza que isso não é a base da instituição. Essa prova foi feita por alguém irresponsável. Lamento porque essa banca é renomada, mas espero que os responsáveis sejam demitidos”, defendeu.
Votações
Durante a sessão, os vereadores também discutiram e votaram propostas para o governo municipal. Entre elas, duas indicações de Rafael Amorim (PDT), sendo a primeira com o objetivo de melhorar as condições dos profissionais que trabalham com entregas e fretes com moto. “Nosso mandato defende que a prefeitura crie o ‘Espaço Motoboy’, com infraestrutura de apoio a eles, pois a categoria cresceu muito e precisa de maior atenção das autoridades”, disse. A segunda indicação é voltada para a acessibilidade, com o pedido para implantação de rampas no canteiro central da Rua Evaldo Costa, no bairro Sol y Mar. “Um exemplo que comprova a necessidade é que não existe rampa em frente ao Sentrinho. O local atende muitas pessoas com deficiência (PcD), que precisam ter um deslocamento seguro, assim como nos demais trechos da via.”