<span style="font-size:14px;"><span style="font-family:arial,helvetica,sans-serif;">Vereadores defendem audiência para discutir autorização de porte de arma aos guardas municipais</span></span>
Na sessão desta quarta-feira (16), na Câmara Municipal de Macaé, vereadores se declararam contra o uso de armas de fogo pela Guarda Municipal. O tema veio a debate com a aprovação, por unanimidade, de audiência pública solicitada por Welberth Rezende (PPS). Na ocasião será discutida a aplicação do Estatuto das Guardas Municipais, lei federal que entra em vigor a partir de agosto de 2016.
“A lei dá aos guardas atribuições como coibir ações que atentem contra a vida e há situações em que pode ser difícil fazer isso com uma caneta”, afirmou Welberth. “Sou contra o uso de armas de fogo pelos guardas municipais. Há um movimento armamentista articulado nacionalmente que estará presente na audiência buscando apoio político para seus objetivos”, disse Marcel Silvano (PT).
“Fui militar e tenho pavor de arma. Mais armas na rua, mais violência”, opinou Amaro Luiz (PRB). Já para Júlio César de Barros (PPL), o Julinho do Aeroporto, possibilitar aos guardas usarem armas é transferir do Estado para o município a responsabilidade de proteger a sociedade. “Além disso, se um agente municipal andar armado, passará a ser visto como inimigo pelos bandidos”.
Ele mencionou que PMs, que são preparados para enfrentar o crime, muitas vezes são mortos, apenas para terem suas armas roubadas. Maxwell Vaz (SD) foi outro que se posicionou contra, ressalvando ser favorável ao uso de armas não letais, como spray pimenta. “A política armamentista é contra a ideia de uma sociedade de paz”, discursou ainda Marcel Silvano.
Jornalista: Marcello Riella Benites