Luiz Matos (Republicanos) fez, no Legislativo macaense nesta terça-feira (27), requerimento verbal de convocação do presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon, para esclarecimentos sobre os problemas nos serviços da companhia. A proposição inicial do parlamentar era uma reclamação acerca da Vila Badejo, que foi comentada pelo presidente Cesinha (Solidariedade) e por José Prestes (PTB).
A concessionária é constante tema de críticas no parlamento e já enviou representante à Casa, em setembro do ano passado, para ser sabatinado sobre o assunto.
“Eu nem ia falar sobre esta matéria, mas Cesinha me estimulou. Eu não coloco a responsabilidade nos técnicos, mas no presidente da empresa. Gostaria que ficasse registrado em ata o convite para que ele venha até esta Casa”, afirmou Matos. Cesinha havia falado que não compreendia porque a Cedae tem R$ 280 milhões para investir no município e não realiza as obras necessárias.
“A informação que temos é que esse valor só será investido se o contrato com Macaé for renovado. Eu acredito que, se demorar, é capaz desse valor ir para obras em outras cidades”. Já Prestes, relatou como resolveu a situação de falta de água em um terreno seu. “Mandei fazer um poço artesiano. Eu acredito que esses R$ 280 milhões já foram usados para outros fins há muito tempo”.
Privatização
O líder do governo, Luciano Diniz (Cidadania), que é servidor licenciado da Cedae, admitiu os pontos levantados pelos colegas. “O prefeito Welberth Rezende (Cidadania) deu um ultimato. Se as obras não forem licitadas em breve, a prefeitura seguirá outros caminhos para oferecer os serviços à população”.
Cesinha afirmou que não aprova a privatização. Iza Vicente (Rede) concordou. “Vejo a situação da Região dos Lagos com a Prolagos”, afirmou, referindo-se às altas tarifas praticadas pela concessionária. Segundo ela, a comercialização está tornando a água inacessível a muitas pessoas que acabam endividadas por não poder pagar”. Também Professor Michel (Patriota) e Rond Macaé (Patriota) participaram do debate.