Soluções ambientais para problemas urbanos foram apresentadas pelos vereadores na sessão desta terça-feira (7), na Câmara Municipal de Macaé. O presidente do Legislativo, Cesinha (Cidadania), sugeriu ao Executivo o uso do asfalto ecológico, enquanto Iza Vicente (Rede) e Luciano Diniz (Cidadania) indicaram a biorremediação como alternativa para despoluir o canal Campos-Macaé. Ambas as propostas foram aprovadas pelos demais parlamentares presentes.
Asfalto ecológico
O Requerimento 152/2024 é um pedido de resposta a outro, o 112/2023, que já cobrava uma posição da prefeitura sobre a utilização do asfalto ecológico nas vias e estradas do município, em especial, na Região Serrana. No entanto, de acordo com Cesinha, ainda não foi respondido. “Seria um grande avanço para as localidades que carecem de acesso ou enfrentam problemas com o transporte em terra batida”, argumentou.
Tico Jardim (Cidadania) lembrou que os custos de implantação e os impactos ao meio ambiente são menores com o asfalto ecológico. “Já há estudo para o seu uso nas estradas de Serra da Cruz, Serro Frio e da Califórnia”, informou.
Luiz Matos (Cidadania) destacou que, além da Serra macaense, outras localidades poderiam ser beneficiadas pelo uso dessa tecnologia, como as estradas da Ingazeira, Córrego das Pedras e o assentamento Celso Daniel. George Jardim (PSDB) frisou os benefícios para o turismo e o escoamento da produção agrícola, além da locomoção facilitada dos próprios moradores. “Realmente funciona e ainda é mais rápido para instalar”, disse.
Biorremediação
Já a ideia de despoluir o Canal Campos-Macaé com biorremediação por meio de biossabão foi proposta pelos vereadores que compõem a Frente Parlamentar para a Despoluição da Lagoa de Imboassica. Luciano, que a preside, informou que o método não é adequado para o ecossistema da lagoa, mas pode funcionar no canal. “Por isso indicamos que a prefeitura faça uma parceria com a UFF para fazer esse experimento em pequena escala”.
Iza Vicente enfatizou que há poucos estudos sobre o canal histórico e que essa parceria com a universidade poderia ajudar os pesquisadores a conhecer e recuperar o seu ecossistema. “Sabemos que a biorremediação deu certo em Maricá e em outras localidades, reequilibrando o ambiente. Esperamos que possa fazer o mesmo aqui”.
Iza informou ainda que um convênio com a UFRJ está sendo firmado para dar início à despoluição da Lagoa de Imboassica por outra metodologia.