Um requerimento da vereadora Iza Vicente (Rede), aprovado na sessão desta terça-feira (14), gerou novo debate sobre a despoluição das águas, na Câmara Municipal de Macaé. Ela solicitou às secretarias de Ambiente e de Serviços Públicos relatórios das fiscalizações contra despejos irregulares de esgoto na Lagoa de Imboassica, assim como o plano para resolver a situação.
Alvo de constantes reclamações da população, o descarte irregular de esgoto na Lagoa pôde ser visto novamente na ocasião da última abertura do seu canal extravasor. A denúncia foi feita por Iza que também pontuou o problema causado pela pesca irregular no local, suspeita de desequilibrar o ecossistema e aumentar a infestação por mosquitos.
“Recebemos um relatório informando que os peixes encontrados na Lagoa não são próprios para o consumo humano. Foi colocada uma placa a pedido dos moradores, mas isso não acabou com o problema”, lamentou a parlamentar.
A vereadora ainda questionou a balneabilidade da Lagoa, que ameaça a segurança dos banhistas. “Isso representa um sério risco à saúde dos cidadãos. Se a água estiver contaminada, é preciso colocar uma placa e informar a população”, advertiu a vereadora.
Demais parlamentares apoiam a causa
Amaro Luiz (PRTB) lembrou a destruição do Rio Macaé pelo progresso, crescimento da cidade e poluição. “Na minha juventude, eu tomava banho no Rio Macaé. Hoje é impossível, tamanha a poluição. A Lagoa vive o mesmo processo. Se não fizermos nada, terá o mesmo destino”.
O presidente Cesinha (Solidariedade) informou que a BRK Ambiental se comprometeu em resolver a questão do saneamento nos bairros São Marcos, Imboassica e final dos Cavaleiros para acabar com a contaminação da Lagoa. “Está sendo preparada pelo Executivo uma lei para obrigar os moradores a ligarem o esgoto das suas residências à rede da BRK” – nos moldes do que estabelece o Marco Legal do Saneamento (Lei Federal 14.026/2020). De acordo com Cesinha, a estimativa é de que 50% dos moradores do entorno da Lagoa ainda não tenham feito isso.
Ainda foram mencionados despejos irregulares de esgoto na praia do Lagomar e no Rio Macaé. As ocupações ilegais também foram citadas como causas de destruição de áreas naturais da cidade.