Assunto recorrente no Legislativo macaense, um novo requerimento pedindo calcetamento foi aprovado na sessão ordinária desta terça-feira (30), na Câmara Municipal de Macaé. Nesta sessão, o autor da proposta foi Alan Mansur (PHS), que pediu atenção para as vias do Novo Horizonte, em especial para as ruas E1 e E12 – esta última onde mora o bebê André Godoy, que tem Atrofia Muscular Espinhal (AME), uma grave doença degenerativa.
Maxwell Vaz (SD) reforçou que a situação é bastante crítica no local. “Não são buracos, o que temos nessas ruas são verdadeiras crateras. E dentre os moradores, há um bebê com uma doença rara, que precisa de locomoção constante até o hospital. É preciso um pouco de sensibilidade e intervenção imediata”, relatou.
Já Marvel Maillet (Rede) relatou a sua ida ao Novo Horizonte em um dia de chuva. “Em poucas horas, havia pontos de alagamento em quase todo o bairro. Fiz vários requerimentos pedindo obras de infraestrutura, mas até hoje não fui atendido”.
O parlamentar Luciano Diniz (PMDB) acrescentou que os moradores do bairro pagam IPTU e água, mas não têm acesso à rede de esgoto, escoamento de água e calcetamento. Ele também disse ter levado as demandas dos moradores à Secretaria de Obras.
Proposições sem respostas do Executivo
As inúmeras proposições reapresentadas com o mesmo conteúdo levaram os parlamentares a questionarem os motivos do Executivo para ignorar as demandas da população enviadas pelo Legislativo. O conteúdo do requerimento do vereador Alan já havia sido apresentado, no início do ano, por meio de outro requerimento de Marvel Maillet (Rede). E, no ano passado, Luciano Diniz (PMDB) fez um pedido de recapeamento asfáltico para o bairro por indicação parlamentar.
O presidente Eduardo Cardoso (PPS) e Marcel Silvano (PT) se manifestaram quanto ao modo de apresentação das demandas populares, que devem respeitar o Regimento Interno. “Como não há resposta para as indicações, os vereadores reapresentam o mesmo conteúdo como requerimento. Contudo, isso me preocupa, pois a finalidade de cada instrumento legislativo não é respeitada e o prefeito continua ignorando também na forma de requerimento. No final, todos perdem, sobretudo a população, que continua sem atendimento”, ponderou Marcel.
Jornalista: Adriana Corrêa
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