<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px;"> Igor Sardinha denuncia falta de segurança e condições de trabalho para os policiais e o não atendimento à população.</span>
O relato do vereador Igor Sardinha (PT) de recente assalto a uma tradicional lanchonete e de seus usuários que não puderam registrar queixa, porque a 123ª Delegacia de Polícia (DP do Centro) estava fechada, gerou novo debate sobre segurança pública na Câmara Municipal de Macaé, nesta quarta-feira (13). Segundo ele, a delegacia estava fechada porque o fato ocorreu de madrugada e os policiais não se sentiam seguros para trabalhar devido à ausência da Polícia Militar. “Eles estão reivindicando, por meio de seu sindicato, a presença da PM”. Igor apresentou requerimento solicitando informações ao delegado da 123ª DP.
Ele recordou a retirada dos Destacamentos de Policiamento Ostensivo (DPOs) ocorrida em diversas cidades, que atingiu também a Região Serrana de Macaé. “Os DPOs dessas cidades, como Itaboraí e Quissamã, voltaram a funcionar, e somente os nossos não retornaram”, afirmou ele atribuindo ao Executivo Municipal falta de reivindicação junto ao Governo do Estado pela volta dos DPOs na região. “Assim, a Região Serrana já começa a perder a característica de um local pacífico”.
Outros vereadores ampliaram a discussão. Amaro Luiz (PSL) disse que o problema da segurança é agravado pela Lei do Desarmamento. “Com essa lei, o Estado, além de não dar condições de segurança à população, ainda impede que os cidadãos se defendam”. Já Maxwell Vaz (PT) afirmou que os policiais civis, que fecham a delegacia de madrugada por falta de segurança, estão fazendo uma importante manifestação, já que, segundo ele, o município e o Estado não investem em políticas públicas preventivas de segurança. “Deixam tudo para as polícias, que não têm alternativas a não ser reprimir com violência.”
Marcel Silvano (PT) aprofundou o tema da política preventiva de segurança. “Melhor termos bancos de escola do que banco de réus, melhor educar que punir”. Marcel discordou de Amaro Luiz quanto à Lei do Desarmamento. “Armar a população só vai gerar mais violência. Não levará a uma cultura da vida, da paz e da cidadania. A segurança pública é um direito constitucional”.
Também participou do debate o vereador Chico Machado (PMDB), de volta à Câmara enquanto reivindica seu direito de assumir a vaga de suplente na Alerj (clique aqui para saber mais). Ele lembrou o ex-governador Leonel Brizola, que investiu na educação – como política preventiva – com a construção dos Cieps. “Sou a favor da redução da maioridade penal, mas admito que se não agirmos preventivamente, no futuro, vão querer reduzir ainda mais a maioridade”.
Jornalista: Marcello Riella Benites