Sessões retornaram nesta quarta (15)
A retomada dos trabalhos legislativos contou com a presença dos 17 vereadores e do prefeito Aluízio Santos Jr. (PMDB), que discursaram na manhã desta quarta-feira (15), na Câmara Municipal de Macaé. O tema que norteou o debate foi a segurança pública, motivado pela justificativa do prefeito por ter assumido publicamente o pagamento do 13º salário da Polícia Militar (PM) na região – uma atribuição do governo do Estado do Rio de Janeiro.
Aluízio abriu os discursos falando da crise de segurança pública que se instaurou no Espírito Santo e em outras localidades do país. Segundo ele, a decisão de assumir o pagamento do salário da PM é uma maneira de prevenir que o caos chegue até Macaé. “Enquanto eu for prefeito, não vou correr o risco de ver a cidade sitiada. Farei o que for necessário para que isso não aconteça”, afirmou.
No entanto, vereadores de oposição refutaram os argumentos do prefeito. Marcel Silvano (PT) disse acreditar que o seu discurso foi uma tentativa de despertar o medo na população para se autopromover. “Há um contexto político e partidário por trás dessa decisão, do qual a população está alheia, já que em nenhum momento o cidadão macaense foi ouvido ou consultado sobre essa questão”.
Marcel também apontou a incoerência do governo Aluízio, que no mandato anterior cortou os investimentos no Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis). O programa permitia que os policiais militares trabalhassem voluntariamente em seu horário de folga mediante gratificação, reforçando assim, o policiamento ostensivo nas ruas.
Já Maxwell Vaz (SDD) defendeu que os servidores estaduais e municipais são vítimas de uma política desequilibrada e irresponsável, e frisou que parte dos servidores do município ainda não receberam o 13º salário e tiveram o auxílio alimentação cortado. “Além disso, desde outubro, o governo municipal não repassa o dinheiro destinado à Macaeprev, colocando a previdência em risco”, alertou o vereador.
Contudo, os parlamentares Marcio Bittencourt (PMDB) e Eduardo Cardoso (PPS) defenderam a iniciativa de Aluízio. “A atitude do prefeito foi corajosa e não vejo por que o município não pode intervir e ajudar numa situação dessas”, disse Eduardo. Ainda segundo o presidente do Legislativo, a Prefeitura gastará cerca de R$ 3 milhões para que a população não fique sem ter como trabalhar ou transitar nas ruas, o que é menos de 0,5% do orçamento municipal.
Jornalista: Adriana Corrêa