Comissão convocará representantes da prefeitura para discutir a questão
Cerca de 30 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) compareceram, na tarde desta quinta-feira (21), à Câmara Municipal de Macaé para recorrerem à Comissão Permanente de Saúde da Casa. A insatisfação entre os agentes é grande e eles ameaçaram realizar paralisações. Entre outros problemas, muitos ACS afirmaram ter de trabalhar em funções que não são específicas, como a de recepcionista.
Segundo o presidente da comissão, Welberth Rezende (PPS), os agentes reclamam ainda por não receberem adicional de insalubridade e porque parte dos seus vencimentos (R$ 100,00) não conta para efeitos de direitos como o de aposentadoria. Foram apresentadas também outras queixas. “Estamos trabalhando sem uniformes e em unidades com água contaminada”, disse Rosana Cruz Barbosa Feliciano, representante da unidade de Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Campo D’Oeste.

“Nós tentamos diálogo com o secretário Pedro Reis desde 2014 e os problemas continuam”, rebateu Jorge Augusto Fiúza, da unidade do Morro de São Jorge. “São reivindicações razoáveis e não há porque o secretário não atender”, concluiu Welberth.
Convocações para esclarecimentos
Os ACS aceitaram não iniciar ainda as paralisações. Eles vão aguardar a convocação que será feita pela Comissão de Saúde aos representantes da prefeitura para esclarecimentos. As convocações vão ser requeridas ao plenário a partir de 15 de fevereiro, na retomada das sessões ordinárias. Serão convocados os secretários da Saúde e da Administração, o controlador-geral e o procurador-geral do município.
Até lá, ocorrerá nova reunião da comissão com os agentes, ainda a ser marcada, para tratar especificamente da precariedade das unidades e outras denúncias. É o caso de aluguéis de imóveis onde unidades ESF foram fechadas, mas que, de acordo com eles, continuariam sendo pagos.
Jornalista: Marcello Riella Benites