Foi aprovada na sessão desta terça-feira (3), na Câmara Municipal de Macaé, o Projeto de Lei (PL) 69/2023, que institui o Programa de Divulgação, Prevenção e Tratamento da Endometriose. De acordo com a autora da proposta, a vereadora Iza Vicente (Rede), a demanda foi trazida pelas mulheres em tratamento na cidade. A parlamentar se disse sensibilizada com o sofrimento causado pela doença, que inclui dor crônica, infertilidade e anos em uma fila de espera para fazer a cirurgia pelo SUS.
Como Macaé não disponibiliza o tratamento completo, é necessário aguardar para fazer o procedimento cirúrgico pelo Estado. O problema é que, segundo Iza, a rede estadual realiza apenas uma cirurgia por mês, no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), no Rio de Janeiro. “Não dá para esperar cinco, seis ou sete anos para fazer essa cirurgia, pois a endometriose impacta muito a vida das mulheres”, argumentou a parlamentar.
Tico Jardim (Solidariedade) demonstrou empatia ao tomar conhecimento da dificuldade enfrentada por quem precisa de tratamento na cidade. “Soube que é uma doença de difícil diagnóstico. Espero que a aprovação do projeto ajude a diminuir a subnotificação, além de proporcionar as pacientes um tratamento completo aqui o quanto antes”, defendeu.
Amaro Luiz (PRTB), que tem formação em enfermagem, disse conhecer bem os transtornos causados pela endometriose. “Causa uma distensão abdominal, acompanhada de dores fortíssimas, que impede as mulheres de exercerem suas funções habituais”. Ele reforçou o pedido para uma campanha de conscientização e prevenção da doença. “Uma consulta periódica ao ginecologista pode identificar os primeiros sintomas e evitar que a inflamação se espalhe para outros órgãos”.
Reginaldo do Hospital (Podemos) declarou apoio à iniciativa. “Macaé tem uma boa infraestrutura de hospitais. Acredito que temos as condições necessárias para oferecer a cirurgia”, defendeu.
O projeto segue para a apreciação do Executivo, que pode vetá-lo ou sanciona-lo.