O diretor de contratos da BRK Ambiental, Ricardo Santiago, ocupou o Grande Expediente da Câmara de Macaé nesta terça-feira (15). Ele deu esclarecimentos sobre transtornos em ruas após operações, entre outros problemas. O requerimento foi do Presidente Cesinha (Solidariedade) e de Reginaldo do Hospital (Cidadania). Ficou clara a insatisfação dos vereadores.
“Só nos resta a esperança de que seja criada uma agência reguladora que possa fiscalizar a concessionária”, lamentou Cesinha, mencionando o assunto de uma reunião ocorrida com o prefeito Welberth Rezende (Cidadania). O presidentereferiu-se ainda a contrato desvantajoso de 30 anos, apresentado no governo Riverton Mussi (2005-2012), confirmado e ampliado em mais cinco nas gestões de Dr. Aluizio (2013-2020).
O diretor informou que a BRK atende cerca de 90 mil pessoas, coleta e trata 361 milhões de litros de esgotos/mês numa rede de 354 quilômetros. Reginaldo questionou a recomposição do pavimento após as obras. “Por que é tão ruim?”. Sobre a pergunta, repetida por outros vereadores, Santiago alegou que devido à profundidade das valas é difícil deixar o local como foi encontrado.
Marlon Lima (PDT) protestou: “Qual é a dificuldade? A cidade ficou uma colcha de retalhos. O material da reposição é péssimo”. Ele citou a Rua do Sacramento, em Imbetiba, e a Avenida Evaldo Costa. Quanto à via do Sol e Mar, a resposta foi que as obras no local não são de responsabilidade da empresa: “Em outras ruas, também está havendo essa confusão”.
Falta de planejamento e comunicação
Outra questão levantada por Marlon foi sobre a falta de planejamento nas intervenções e a devida comunicação às secretarias de Mobilidade Urbana e de Obras. Cesinha e Tico Jardim (Solidariedade) fizeram crítica semelhante. A falha estaria gerando engarrafamento e obras da prefeitura em ruas que logo em seguida são abertas para colocação de dutos da BRK.
O diretor respondeu que o planejamento é informado às pastas. “Temos que verificar a razão desse descompasso”. A várias das queixas apresentadas, ele alegou paralisação dos serviços por não ter ainda sido firmado pelo Executivo o aditivo feito ao contrato. “Fomos informados de que está passando por uma auditoria”.
Paulo Paes disse que possivelmente o prefeito Welberth Rezende (Cidadania) está analisando o documento a fim de conseguir melhores condições para Macaé. “A BRK está entre as três campeãs de reclamação e é a primeira em cobrança no município”.
Também Edson Chiquini (PSD) e Luiz Matos (Republicanos) participaram dos questionamentos à concessionária, bem como Amaro Luiz (PRTB), que presidiu a Comissão Especial de Investigação (CEI) da BRK. A comissão concluiu o inquérito, mas não apresentou seu relatório por medida do Ministério Público, concedida a uma das partes envolvidas no processo. “A maior culpa é de quem assinou o contrato inicial”.