<span style="font-family:arial,helvetica,sans-serif;"><span style="font-size:14px;">Maxwell pediu que o Executivo se posicione de forma oficial sobre a possibilidade do retorno das subvenções.</span></span>
Com a justificativa de economizar gastos durante a atual crise econômica, a prefeitura optou por não realizar eventos tradicionais na cidade, como é o caso do carnaval. O assunto voltou a ser discutido pela Câmara de Macaé durante a sessão desta quarta-feira (19), por meio de um requerimento do vereador Maxwell Vaz (SD). O parlamentar apresentou um pedido para que o Executivo se posicione de forma oficial sobre a possibilidade do retorno das subvenções para escolas de samba. A iniciativa foi aprovada por unanimidade.
“Precisamos preservar a cultura de Macaé e o carnaval é uma tradição que está se perdendo. Mesmo que a resposta seja negativa, o prefeito precisa responder a esta Casa ou à Liecam (Liga Independente das Entidades Carnavalescas de Macaé). Este ano o desfile não aconteceu e as agremiações ainda não sabem como será em 2017”, defendeu Maxwell.
Manoel Francisco (PPS), o Manoelzinho das Malvinas, solicitou a palavra para declarar voto favorável ao requerimento, mas defendeu que as escolas não dependam apenas de incentivos públicos. “Fui presidente de uma escolha de samba e participei de desfiles por 30 anos. Na minha época, as comunidades participavam de forma ativa, mas hoje não há mais essa identificação. As escolas de samba devem manter suas atividades, mesmo que não tenha a subvenção.”
Já Amaro Luiz (PSB) citou outras atividades culturais que, segundo ele, também enfrentam dificuldades. “Temos uma das melhores quadrilhas do estado e que não recebe nenhum apoio. Também estamos perdendo talentos locais por falta de incentivo”, criticou.
Para Igor Sardinha (PRB), o governo erra ao não se posicionar sobre esse e outros temas. “Falta planejamento e diálogo com a sociedade. O governo sempre age com autoritarismo e não conversa com os artistas. É preciso reforçar que os investimentos em carnaval podem gerar enormes ganhos para o turismo, diversificando a nossa economia”, acrescentou.
Líder do governo rebate informações
Mesmo declarando voto a favor do requerimento, o líder do governo Júlio César de Barros (PMDB), o Julinho do Aeroporto, ponderou entraves com a prestação de contas de algumas escolas. “O governo é responsável e precisa cumprir a lei. Diversas escolas apresentaram problemas para comprovar os gastos com os recursos que receberam da prefeitura e não estão legalmente em dia com as contas”, finalizou.
Jornalista: Júnior Barbosa