<span style="font-family:arial,helvetica,sans-serif;"><span style="font-size:14px;">Ato acontece na última quarta de cada mês</span></span>
Inscrita para participar da Tribuna Cidadã desta quarta-feira (30), a ex-procuradora Ana Beatriz Cooper utilizou o plenário da Câmara Municipal de Macaé para apresentar denúncias em relação ao processo que gerou sua aposentadoria por invalidez, além de se posicionar contra a proposta de reforma administrativa da prefeitura, que tramita na Casa. O ato foi conduzido por Igor Sardinha (PRB).
Bia Cooper, como é conhecida, ingressou na prefeitura em 2005, atuando na Procuradoria e no setor de Recursos Humanos, antes de entrar em licença médica. “Coincidentemente, hoje saiu a publicação da minha aposentadoria definitiva, contra a minha vontade. Sempre busquei a excelência no meu trabalho, independente de qual fosse o governo. Fui perseguida de todas as formas possíveis”, disse.
Durante o processo, a servidora, agora pertencente ao quadro de inativos, desenvolveu uma doença crônica e fez tratamento para enfrentar uma depressão. “Eu tenho laudos médicos que comprovam a injustiça que fizeram comigo. Poderia ser bem pior, mas eu conheço os meus direitos. Este é um alerta para que outros servidores não passem pelas mesmas injustiças que eu estou enfrentando. Agradeço à Câmara por abrir um espaço como este”, acrescentou.
Maxwell Vaz (SDD), Luciano Diniz (PT) e o presidente Eduardo Cardoso (PPS) direcionaram elogios à servidora. Os parlamentares citaram casos de quando ocuparam cargos no Executivo e atuaram em parceria com a Procuradoria. “Sempre fomos atendidos com profissionalismo e competência”, frisou Maxwell.
Para participar da Tribuna Cidadã, que acontece na última quarta-feira de cada mês, às 9h, é necessário inscrever-se previamente na Secretaria da Câmara. O projeto abre espaço para o cidadão utilizar o plenário e apresentar reivindicações que sejam de interesse coletivo. O evento é transmitido ao vivo pelo site da Câmara e registrado em ata oficial que, posteriormente, é disponibilizada para consulta popular.
Reforma administrativa
Após expor o seu caso, Bia também criticou o projeto de reforma administrativa. “Façam as contas e vejam que a economia será pífia. A prefeitura não precisa de uma reforma para organizar as finanças”, frisou.
Marcel Silvano (PT) e Igor também discursaram sobre o tema. “Falta diálogo com a população e os servidores que serão diretamente afetados. O município precisa se readequar, mas não impondo algo que pode gerar incertezas”, complementou o petista.
Nilton Cesar (Pros), o Cesinha, defendeu a aprovação da reforma, assim como Eduardo Cardoso. “Sou aposentado, atuei durante toda a minha carreira no setor público e defendo o servidor. Não encontrei nenhum ponto que prejudique a categoria em todo o projeto. É uma reforma necessária para adequar a folha de pagamento do governo”, concluiu.
Jornalista: Júnior Barbosa